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Turquia solicita aos EUA prisão de Gülen por golpismo

A Turquia realizou um pedido de extradição que inclui a "detenção e um pedido de prisão preventiva urgente" do teólogo, que vive na Pensilvânia desde 1999


	Fethullah Gülen: o governo descreve a confraria fundada por Gülen como "Organização Terrorista Fethullah Gülen (FETÖ)"
 (Charles Mostoller/Reuters/Reuters)

Fethullah Gülen: o governo descreve a confraria fundada por Gülen como "Organização Terrorista Fethullah Gülen (FETÖ)" (Charles Mostoller/Reuters/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2016 às 11h00.

Istambul - O governo da Turquia enviou aos Estados Unidos um dossiê sobre sua solicitação de extradição do teólogo Fethullah Gülen, a quem as autoridades turcas acusam de ser o mentor da tentativa de golpe de Estado de 15 de julho, no qual justifica seu pedido de prisão urgente, anunciou nesta terça-feira o ministro da Justiça do país, Bekir Bozdag.

Em declarações divulgadas pela agência "Anadolu", Bozdag lembrou que a Turquia realizou um pedido de extradição de Gülen que inclui a "detenção e um pedido de prisão preventiva urgente" do teólogo de 75 anos, que vive no estado americano da Pensilvânia desde 1999.

"Após enviar nossa primeira solicitação, nos pediram mais documentos e nos perguntaram por que era urgente, e respondemos enviando um dossiê para explicar os motivos da urgência da detenção", explicou o ministro.

"Há sérias declarações e asseverações sobre a influência de Fethullah Gülen na conspiração golpista. Por isso é necessário detê-lo de forma urgente. Temos informação do serviço secreto sobre a possibilidade de ele fugir para um terceiro país", afirmou Bozdag sobre o conteúdo do dossiê.

"Tenho a esperança de que os EUA atenderão neste caso às necessidades da Turquia como Estado de direito e democrático e devolva à Turquia este dirigente de uma organização terrorista", concluiu o ministro.

Desde o ano passado, o governo descreve a confraria fundada por Gülen como "Organização Terrorista Fethullah Gülen (FETÖ)" apesar de não haver uma sentença judicial nem uma decisão ministerial para declarar as redes de simpatizantes do teólogo como associações terroristas. 

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