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Turquia retira religiosos suspeitos de espionagem na Alemanha

Os religiosos, que não tiveram os nomes revelados, são acusados de informar sobre simpatizantes de Gülen por meio do consulado turco em Colonia

Turquia: a comunidade turca da Alemanha é a maior do mundo fora da Turquia (Ahmet Baris Isitan / Wikimedia Commons)

Turquia: a comunidade turca da Alemanha é a maior do mundo fora da Turquia (Ahmet Baris Isitan / Wikimedia Commons)

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AFP

Publicado em 17 de fevereiro de 2017 às 13h31.

A agência de assuntos religiosos da Turquia informou nesta sexta-feira que retirou seis religiosos da Alemanha por excederem sua autoridade, mas criticou a operação de busca da polícia alemã nas residências dos pregadores suspeitos de espionar para Ancara

O coordenador da Direção Turca de Assuntos Religiosos (Diyanet), Mehmet Gormez, negou com veemência qualquer erro por parte dos religiosos. Ele disse que a organização foi alvo de uma campanha de difamação.

A polícia alemã realizou operações de busca esta semana nos apartamentos de quatro religiosos muçulmanos turcos, suspeitos de espionar para o governo do presidente Recep Tayyip Erdogan durante o movimento do pregador Fetullah Gulen, exilado nos Estados Unidos, que Ancara culpa de instigar a tentativa de golpe de Estado de 15 de julho na Turquia.

Gormez disse que "seis religiosos que foram avaliados por exceder sua autoridade foram enviados de volta a seus postos na Turquia". E confirmou que entre os seis reenviados a Turquia estão quatro clérigos cujos apartamentos foram alvos de operações.

Os religiosos, que não tiveram os nomes revelados, são acusados de informar sobre simpatizantes de Gulen, por meio do consulado turco em Colonia, a Diyanet.

"Os clérigos não tiveram envolvimento em nenhum ato ilegal", afirmou Gormez à imprensa em Ancara. Ele disse que a informação foi compartilhada com a Alemanha.

Gormez chamou as ações da polícia de "pressão política e midiática".

A comunidade turca da Alemanha é a maior do mundo fora da Turquia.

De acordo com a imprensa germânica, os religiosos pertencem ao Ditib, uma organização controlada por Ancara que administra quase 900 mesquitas ou comunidades na Alemanha. Os clérigos são funcionários do Estado turco que Ancara envia por três ou quatro anos.

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