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Turquia reabre base aérea para operações dos EUA contra EI

A Turquia, um grande aliado norte-americano, tem permitido que os EUA utilizem a base em Incirlik para lançar ataques contra o grupo militante


	Turquia: operações aéreas foram temporariamente suspensas após uma tentativa de golpe no país na sexta-feira
 (Murad Sezer/Reuters)

Turquia: operações aéreas foram temporariamente suspensas após uma tentativa de golpe no país na sexta-feira (Murad Sezer/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2016 às 12h13.

Washington - A Turquia vai reabrir sua base aérea de Incirlik para aeronaves dos Estados Unidos, utilizadas para atacar o Estado Islâmico, após uma tentativa de golpe no país, informou o Pentágono neste domingo. 

"Após estreita coordenação com nossos aliados turcos, eles reabriram seu espaço aéreo para aeronaves militares. Como resultado, as operações aéreas contra o Estado Islâmico em todas as bases aéreas na Turquia foram retomadas", disse um comunicado do Pentágono.

A Turquia, um grande aliado norte-americano, tem permitido que os EUA utilizem a base em Incirlik para lançar ataques contra o grupo militante. Essas operações aéreas foram temporariamente suspensas após uma tentativa de golpe no país na sexta-feira.

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse à rede CNN que havia falado com o ministro de Relações Exteriores da Turquia por três vezes no sábado. 

"Eles me asseguraram de que não haverá interrupção de nossos esforços contra o Isis", disse Kerry, referindo-se ao acrônimo utilizado para se referir ao Estado Islâmico.  Kerry disse que a dificuldade para que aviões dos EUA acessassem Incirlik pode ter sido resultado do uso da base aérea por aeronaves de apoio ao golpe.

À rede NBC, no domingo, Kerry foi questionado se o presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, utilizaria a tentativa de golpe para tentar aumentar ainda mais seu poder.  Kerry disse que se tal medida fosse adotada por Erdogan, isso representaria um desafio para seu relacionamento com a Europa, com a Otan e com outros países. 

"Pedimos a eles que não vão tão longe a ponto de criarem dúvidas sobre seu comprometimento com o processo democrático", disse Kerry. 

Erdogan tem culpado seu rival, Fethullah Gulen, de arquitetar a tentativa de golpe. Gulen, que atualmente mora nos Estados Unidos, tem negado qualquer envolvimento. 

Kerry disse não ter provas neste momento de que Gulen estava por trás do golpe para tirar o poder das mãos de Erdogan, mas pediu para que autoridades turcas compilassem evidências rapidamente para que os EUA possam avaliar se ele deve ser extraditado para a Turquia.

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