Curdos enfrentam polícia na Turquia: governo diz que só defenderá Kobani com apoio internacional (Ozan Kose/AFP)
Da Redação
Publicado em 13 de outubro de 2014 às 18h27.
Ancara - O ministro de Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, afirmou nesta segunda-feira que não houve acordo com os Estados Unidos para utilização de uma base aérea no país no combate ao grupo Estado Islâmico.
Em entrevista à agência de notícias estatal Anadolu, no entanto, ele disse que as duas nações firmaram acordo para treinar e equipar forças de oposição aos extremistas.
"Até o momento não há decisão relativa a Incirlik (base aérea no sul do país) ou qualquer outra questão", disse Cavusoglu.
Um representante do governo turco já havia desmentido a informação, divulgada pelos Estados Unidos na véspera, citando também que não foram atendidas as demandas da Turquia para estabelecer uma zona livre de tráfego aéreo e criar abrigos para refugiados.
Em entrevista ao jornal turco Milliyet no domingo, Cavusoglu disse que a base em questão já estava sendo utilizada para voos de reconhecimento no Iraque, mas que um acordo com os Estados Unidos para realizar operações militares da coalizão aliada estaria atrelado ao atendimento das demandas turcas.
Também no domingo, autoridades norte-americanas de Defesa afirmaram que a Turquia havia permitido aos Estados Unidos e as forças da coalizão a utilizarem a base aérea para operações contra os militantes do Estado Islâmico.
Turquia e Estados Unidos também estão em uma queda de braço diplomática em relação ao avanço dos extremistas na Síria.
Os EUA exigem que o país tome uma posição firme e ataque os militantes na cidade de Kobani, invadindo o território do país vizinho por terra.
O governo turco, no entanto, defende que só defenderá a cidade se houver apoio militar internacional.
Fonte: Associated Press.