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Turquia mantém pastor dos EUA acusado de terrorismo em prisão preventiva

Detenção de missionário protestante residente na Turquia, que está preso desde outubro de 2016, estremeceu as relações entre Ancara e Washington

Turquia: Ministério Público turco pede para pastor 35 anos de prisão (Murad Sezer/Reuters)

Turquia: Ministério Público turco pede para pastor 35 anos de prisão (Murad Sezer/Reuters)

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EFE

Publicado em 7 de maio de 2018 às 20h47.

Última atualização em 7 de maio de 2018 às 20h49.

Istambul - Um tribunal da cidade de Esmirna decidiu nesta segunda-feira manter em prisão preventiva o pastor americano Andrew Craig Brunson, julgado na Turquia por supostas atividades terroristas, e adiar a audiência seguinte até o próximo dia 18 de julho, segundo informou o jornal "Hürriyet".

A detenção de Brunson, um missionário protestante residente na Turquia, que está preso desde outubro de 2016, estremeceu as relações entre Ancara e Washington.

O Ministério Público turco pede para ele 35 anos de prisão por "associação com organização terrorista", acumulando diversas acusações contraditórias.

O pastor foi acusado inicialmente de laços com a confraria do pregador islamita Fethullah Gülen, exilado nos Estados Unidos, a quem o governo turco define como terrorista e atribui o fracassado golpe de Estado de 2016.

Mas, na sessão de hoje, uma "testemunha secreta" descreveu supostas relações do pastor com a guerrilha marxista curda, o proscrito Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), inimigo da confraria de Gülen.

Segundo esta testemunha não identificada, Brunson tinha estreitos contatos com acusações da guerrilha para estabelecer um "Curdistão cristão" na Anatolia, segundo a emissora turca "NTV".

O pastor rejeitou todas as acusações e ressaltou que a testemunha falava "de segunda ou terceira mão", sem apresentar uma só prova das supostas atividades ilícitas na pequena igreja que ele dirigia em Esmirna.

O governo americano exigiu reiteradamente a libertação de Brunson, mas o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, insinuou a possibilidade de "trocar um pastor por outro ", em relação ao pedido de extradição de Gülen, realizado pela Turquia, mas não aceito pela Justiça americana por falta de provas.

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