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Turquia expressa condolências à Rússia por morte de piloto

Trata-se do primeiro contato de alto nível desde a destruição do caça-bombardeiro russo ocorrida perto na fronteira síria no dia 24 de novembro


	Avião russo em chamas: trata-se do primeiro contato de alto nível desde a destruição do caça-bombardeiro russo ocorrida perto na fronteira síria no dia 24 de novembro
 (Sadettin Molla / Reuters)

Avião russo em chamas: trata-se do primeiro contato de alto nível desde a destruição do caça-bombardeiro russo ocorrida perto na fronteira síria no dia 24 de novembro (Sadettin Molla / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2015 às 16h37.

O ministro turco das Relações Exteriores, Mevlut Cavusoglu, anunciou nesta quinta-feira que seu país expressou "suas condolências" à Rússia após a morte do piloto cujo avião foi abatido pela aviação turca, provocando uma grave crise entre os dois países.

"Expressamos nossa tristeza e condolências pela morte do piloto russo", declarou o ministro, citado pela imprensa turca, após um encontro em Belgrado com seu homólogo russo Sergueï Lavrov.

Trata-se do primeiro contato de alto nível desde a destruição do caça-bombardeiro russo ocorrida perto na fronteira síria no dia 24 de novembro.

Cavusoglu comemorou a atmosfera da reunião, mas afirmou que "não é realista dizer que os problemas foram superados durante este primeiro encontro".

"É importante manter os canais de diálogo abertos", disse o ministro. "Há uma vontade de ambos os lados de não ver uma escalada das tensões. Tenho certeza de que o bom senso prevalecerá sobre a emoção", ressaltou.

Em declarações à televisão russa, Lavrov também afirmou que não houve avanços.

"Nós nos reunimos com Cavusoglu (...) Nós não ouvimos nada de novo. O ministro turco confirmou a posição que já expressaram, e confirmamos a nossa própria", afirmou.

Antes desta reunião, as autoridades russas haviam recusado qualquer contato com os seus homólogos turcos e exigiam um pedido de desculpas oficial de Ancara.

Na quarta-feira, Moscou chegou a acusar o presidente turco Recep Tayyip Erdogan e sua família de se beneficiar do contrabando de petróleo do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na Síria.

"Nós respondemos a estas alegações", indicou Cavusoglu. "Esperamos que eles vão desistir dessas alegações infundadas".

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