Turquia: o estado de emergência foi imposto em 21 de julho de 2016, após tentativa de golpe militar (Murad Sezer/Reuters)
EFE
Publicado em 18 de janeiro de 2018 às 16h12.
Istambul - O parlamento da Turquia aprovou nesta quinta-feira a sexta prorrogação, de três meses, do estado de emergência vigente desde o fracassado golpe militar de julho de 2016 e sob o qual o Executivo pode governar por decreto e suspender liberdades e direitos fundamentais.
A nova prorrogação de três meses foi aprovada no parlamento com o apoio explícito do partido do governo, o islamita Justiça e Desenvolvimento (AKP), que tem maioria absoluta.
Além disso, a medida tem o apoio do ultra-acionalista Partido da Ação Nacionalista (MHP), alinhado nas suas posturas cada vez mais com o AKP, enquanto o social-democrata Partido Republicano do Povo (CHP), o maior da oposição, e o esquerdista Partido Democrático dos Povos (HDP), votaram contra.
O estado de emergência foi imposto em 21 de julho de 2016, uma semana após a tentativa de golpe militar, e desde então foi prorrogada a cada três meses.
O governo justifica a extensão da medida com o argumento que permite expulsar do Executivo, do Judiciário e de outros corpos estatais os simpatizantes da confraria do pregador Fethullah Gülen, a quem atribui o golpe fracassado.
Sob o amparo do estado de emergência, o governo destituíu por decreto mais de 120.000 funcionários, sem que os afetados possam recorrer desta medida pela via judicial.