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Da Redação
Publicado em 4 de julho de 2012 às 11h17.
Ancara - O exército turco anunciou nesta quarta-feira que localizou no fundo do mar os corpos dos dois pilotos do caça derrubado pelas forças antiaéreas sírias em 22 de junho.
Segundo um comunicado do Exército, as equipes de resgate encontraram os corpos dos pilotos do caça Phantom 4, que segundo a Turquia foi derrubado em águas internacionais, acusação negada pela Síria.
Equipes especializadas em resgate marítimo foram enviadas pela Turquia para a costa da Síria desde o dia do acidente para tentar encontrar os pilotos desaparecidos.
O presidente da Síria, Bashar al Assad, lamentou a derrubada da aeronave, um incidente que aumentou a tensão entre os dois países, segundo afirmou em entrevista publicada nesta terça-feira no jornal turco 'Cumhüriyet'.
Assad assegurou que o caça voava em um corredor aéreo 'que no passado foi usado três vezes pela aviação israelense', por isso o governo sírio decidiu pelo ataque.
O presidente sírio rejeitou a acusação turca de que a ação foi deliberada, alegando que o avião voava muito baixo e o exército pensava que a aeronave era israelense.
Assad argumentou que o oficial sírio responsável pela defesa antiaérea não tinha um radar apropriado e não podia saber a procedência do avião.
Após o incidente, o exército da Turquia reforçou militarmente sua fronteira com a Síria com lançadores de mísseis, baterias antiaéreas, blindados e tropas terrestres.
Uma das províncias reforçadas foi Hatay, que abriga cerca de 33.500 refugiados sírios, mas também o acampamento de Apaydin, que recebe os militares sírios que desertaram e seus familiares.
É nesta localidade que residem os dirigentes do Exército Sírio Livre (ELS), a milícia que combate o regime de Damasco. Assad acusa a Turquia de apoiar os 'terroristas' que combatem o governo.