Mundo

Turquia diz que abate de avião russo não afeta luta ao EI

Declaração de ministro turco nega portanto a acusação feita por Moscou de parceria entre os governo de seu país e os terroristas


	Avião russo: a Rússia acusou a Turquia de ter derrubado o avião para proteger as rotas pelas quais o EI passa petróleo
 (Shamil Zhumatov / Reuters)

Avião russo: a Rússia acusou a Turquia de ter derrubado o avião para proteger as rotas pelas quais o EI passa petróleo (Shamil Zhumatov / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2015 às 15h49.

Belgrado - O ministro das Relações Exteriores turco, Mevlut Cavusoglu, afirmou nesta quinta-feira que o abate de um avião russo no mês passado pelas forças aéreas da Turquia não afeta seu compromisso em lutar contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), negando assim a acusação feita por Moscou de parceria entre os governo de seu país e os terroristas.

"O incidente de 24 de novembro, como resultado da violação do espaço aéreo turco, não deve ser confundido com a luta contra nosso inimigo comum que é o Daesh (acrônimo em árabe do Estado Islâmico) e contra o terrorismo", afirmou o ministro.

Ele se reuniu hoje em Belgrado (Sérvia) com seu colega russo, Sergei Lavrov, durante a conferência da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) na qual ambos participam, no primeiro encontro formal dos dois países após o fato que abalou fortemente as relações bilaterais.

Por enquanto, nenhuma informação foi divulgada sobre a reunião.

Cavusoglu pediu para que a queda do avião sobre a fronteira turco-síria não seja usada politicamente.

A Rússia acusou a Turquia de ter derrubado o avião propositalmente para proteger as rotas pelas quais o EI passa petróleo de contrabando, uma atividade da qual, segundo Moscou, se beneficia o próprio presidente turco e sua família.

Com relação à Síria, o chefe da diplomacia turca lembrou que cinco anos de guerra civil geraram uma série de problemas "para a região e para além dela", como o aumento de atos terroristas e a crise de refugiados.

"Talvez seja algo novo para a Europa, mas a Turquia está enfrentando esse problema há anos, desde 2011", disse Casovuglu sobre os milhares de sírios que fogem da guerra.

O país recebeu mais de 2 milhões de refugiados sírios e afirma ter gasto com isso US$ 8 bilhões nos últimos cinco anos.

"Vai continuar sendo uma questão latente, que requer cooperação internacional, redistribuição, solução e mais programas de ajuda humanitária", disse o ministro. 

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEstado IslâmicoEuropaGuerrasRússiaTerrorismoTurquia

Mais de Mundo

Trump nomeia Chris Wright, executivo de petróleo, como secretário do Departamento de Energia

Milei se reunirá com Xi Jinping durante cúpula do G20

Lula encontra Guterres e defende continuidade do G20 Social

Venezuela liberta 10 detidos durante protestos pós-eleições