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Turquia demite 928 funcionários e fecha dois jornais curdos

Segundo o decreto, trabalhadores foram demitidos pelo vínculo com "organizações terroristas, estruturas ou grupos" considerados um risco para segurança

Tayyip Erdogan: pessoas demitidas se unem aos 140 mil funcionários públicos que foram suspensos ou demitidos no último ano (Alexander Zemlianichenko/Pool/Reuters)

Tayyip Erdogan: pessoas demitidas se unem aos 140 mil funcionários públicos que foram suspensos ou demitidos no último ano (Alexander Zemlianichenko/Pool/Reuters)

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EFE

Publicado em 25 de agosto de 2017 às 08h38.

Ancara - O Governo da Turquia emitiu nesta sexta-feira dois decretos pelos quais demite 928 funcionários, fecha dois jornais pró-curdos e cria um órgão de coordenação dos serviços de inteligência sob o controle do presidente, Recep Tayyip Erdogan.

Essas medidas, publicadas hoje no Boletim Oficial, foram ditadas com o amparo do Estado de Emergência estabelecida após a falida tentativa de golpista de julho de 2016 e que permite ao Executivo governar mediante decretos que são debatidos no Parlamento só 30 dias após a aprovação.

Segundo o decreto, os 928 trabalhadores públicos foram demitidos pelo vínculo com "organizações terroristas, estruturas ou grupos" que são considerados um risco para segurança nacional.

Entre os demitidos, estão 205 militares, 120 funcionários do Ministério de Justiça, 120 acadêmicos de diferentes universidades e 166 empregados municipais, a maioria no sudeste do país, onde se concentra a população curda.

Essas 928 pessoas se unem aos 140 mil funcionários públicos que foram suspensos ou demitidos no último ano acusados de pertencer à guerrilha curda do Partido dos trabalhadores do Curdistão (PKK) ou à confraria do clérigo islamita Fethullah Gülen, a quem o Governo acusa de organizar a tentativa de golpe de Estado.

Por outro lado, os decretos anunciam a contratação de 32 mil novos membros das forças de segurança e 4 mil juízes.

A oposição acusa o islamita Partido de Justiça e Desenvolvimento (AKP) de governar mediante decretos, evitando assim o controle parlamentar. EFE

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