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Turquia decreta prisão para 100 militares por vínculos golpistas

Os militares tinham sido detidos dentro de uma operação contra gülenistas iniciada em 17 de dezembro

Turquia: durante a recente operação, o Ministério Público turco pediu a prisão de 575 militares (Umit Bektas/Reuters)

Turquia: durante a recente operação, o Ministério Público turco pediu a prisão de 575 militares (Umit Bektas/Reuters)

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EFE

Publicado em 30 de dezembro de 2016 às 19h22.

Um tribunal de Istambul decretou nesta sexta-feira prisão preventiva para 100 militares de diversas patentes, entre eles oficiais da ativa, por suspeita de que tinham vínculos com a confraria do clérigo exilado Fethullah Gülen, à qual o governo turco atribui o fracassado golpe de Estado de julho.

Os militares tinham sido detidos dentro de uma operação contra gülenistas iniciada em 17 de dezembro e que ainda continua, informou a emissora "NTV".

Segundo a acusação, os suspeitos usavam o aplicativo Bylock, um serviço de encriptação de mensagens para smartphones supostamente desenvolvido para comunicação secreta entre os membros da confraria.

A imprensa turca calcula que 55 mil pessoas no país utilizavam este aplicativo e todas são suspeitas de vínculos com o movimento gülenista, que até 2013 foi um aliado do governo de Ancara.

Durante a recente operação, o Ministério Público turco pediu a prisão de 575 militares, dos quais 351 já foram detidos, e 161 estão em regime de prisão preventiva, incluindo os que foram levados hoje à justiça.

Além disso, sete suspeitos foram colocados em liberdade com acusações por "arrependimento sincero", ainda segundo a "NTV".

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