O primeiro-ministro da Turquia, Tayyp Erdogan: Twitter passou de "flagelo" para "ferramente da verdade" para o governo turco (Adem Altan/AFP)
Da Redação
Publicado em 17 de setembro de 2013 às 17h02.
São Paulo – O governo da Turquia parece querer enfrentar os protestos pelos quais seu país passa direto na fonte: as redes sociais. De acordo com o jornal Wall Street Journal, o partido do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan estaria recrutando voluntários para “conquistar cidadãos e lutar contra os críticos”. Tudo de maneira digital.
Os jovens membros do partido estariam sendo convocados à cidade de Ankara para passarem por treinamentos oficiais antes de se tornarem voluntários “representantes das mídias sociais”, como o governo coloca.
Esses voluntários vão compartilhar imagens e notícias especialmente por Facebook e Twitter – as redes mais usadas pelos manifestantes do país, mas também usarão Instagram e YouTube. O projeto chega depois que protestos abalaram o país em junho e novas manifestações começam a ser organizados nas maiores cidades da Turquia.
O discurso do governo, porém, é de que as aulas são para preparar os voluntários para as eleições que ocorrerão ano que vem. O primeiro-ministro Erdogan, que tem 3,4 milhões de seguidores em sua conta no Twitter, havia definido a rede de microblog como um "flagelo" e insinuado que iria tomar medidas para obter mais controle sobre a rede. Mas, agora, o discurso mudou. Semana passada, Erdogan disse que a ferramenta pode ser usada para “falar a verdade”, segundo o WSJ.
Confira algumas das fotos postadas atualmente no Instagram oficial do governo turco. No Youtube, o vídeo mais recente da burocrática conta mantida pelo governo mostra uma coletiva de imprensa na qual o representante do governo defende (em turco) a importância de decisões tomadas pelo Conselho de Segurança da ONU na questão da Síria:
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