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Turquia controla aeroportos para evitar fuga de golpistas

As revisões afetam especialmente os que possuem os passaportes verdes e cinza, um tipo de documentação dos funcionários dos níveis mais altos da Administração


	Turquia: muitos passageiros estão perdendo seus voos
 (Chris McGrath/Getty Images)

Turquia: muitos passageiros estão perdendo seus voos (Chris McGrath/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2016 às 10h47.

Ancara - As autoridades turcas aumentaram os controles de segurança nos aeroportos para evitar a fuga de partidários do predicador islamita Fethullah Gülen, que é acusado pelo governo de estar por trás do fracassado Golpe de Estado de sexta-feira.

As revisões afetam especialmente os que possuem os chamados passaportes verdes e cinza, um tipo de documentação dos funcionários dos níveis mais altos da Administração e que lhes permite viajar para muitos países sem necessidade de vistos.

Vários afetados por esses controles declararam à emissora "CNNTÜRK" que estão sendo enviados para um escritório no aeroporto e que muitos passageiros estão perdendo seus voos.

Também o jornal "Hürriyet" assegurou que os funcionários que ostentam esses passaportes estão sendo submetidos a longos processos de inspeção.

A cúpula do poder insistiu que por trás do levante está Fetullah Gülen, um predicador islamita exilado desde anos nos Estados Unidos, e que conta com muitos seguidores na polícia e no judiciário turco e distintas instâncias da Administração.

Aliado durante anos do presidente Recep Tayyip Erdogan e do partido do governo, o islamita AKP, há muito tempo o governo acusa a Gülen de tentar criar um Estado paralelo para desestabilizar o país.

De fato, a Promotoria classifica a rede gülenista como "organização terrorista de Fethullah Gülen (FETÖ)", apesar de não se conhecer nenhuma mensagem do predicador a favor da violência ou o uso de armas.

Após o fracasso do Golpe, o governo iniciou um expurgo na Administração públicas, com milhares de detenções e suspensões de juízes, policiais, militares e funcionários em geral.

Só do Ministério do Interior foram expulsos 8.777 empregados, sobretudo policiais e gendarmes, enquanto dos demais ministérios foram suspensos cerca de 1,5 mil funcionários.

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