Turquia: militares foram considerados culpados por "conspirar para eliminar mediante força e violência a ordem constitucional da República da Turquia (Reuters/Reuters)
EFE
Publicado em 20 de dezembro de 2017 às 16h27.
Última atualização em 20 de dezembro de 2017 às 16h28.
Istambul - Um tribunal turco condenou nesta quarta-feira à prisão perpétua 15 militares acusados de participarem da tomada do escritório provincial do partido governamental, o islamita Justiça e Desenvolvimento (AKP), durante o fracassado golpe de Estado de julho de 2016.
Os militares foram considerados culpados por "conspirar para eliminar mediante força e violência a ordem constitucional da República da Turquia ou substituí-la por outra".
Os juízes impuseram a quatro acusados - dois comandantes e dois capitães - a máxima pena possível na Turquia, conhecida como prisão perpétua agravada, por não ver sinais de arrependimento.
Os outros 11 acusados, de categorias inferiores, receberam simples penas de prisão, depois de o Tribunal apreciar seus comportamentos durante o julgamento, informou a rede turca "NTV".
Todos os acusados já tinham sido expulsos da carreira militar pouco depois de serem detidos após o fracassado golpe de Estado de 15 de julho de 2016.
Em novembro, um tribunal pronunciou sentenças muito similares para 28 ex-militares, considerados culpados pela tomada do aeroporto de Sabiha Gökçen, o segundo de Istambul, durante a noite do golpe.
Além disso, em outubro outros 36 golpistas foram condenados às mesmas penas por atacar um hotel onde pouco o presidente do país, o islamita Recep Tayyip Erdogan, tinha se hospedado.