Imigrantes chegam à ilha grega de Lesbos: as autoridades turcas apreenderam 1.263 coletes que não cumpriam com as normas de segurança (REUTERS/Yannis Behrakis)
Da Redação
Publicado em 6 de janeiro de 2016 às 15h05.
A polícia turca desmantelou uma fábrica que produzia coletes salva-vidas baratos que não cumpriam as normas de segurança e apreendeu os materiais, depois que as autoridades encontraram os corpos de 36 migrantes que tentavam cruzar o mar Egeu para chegar à Grécia, informou nesta quarta-feira a imprensa local.
As autoridades apreenderam 1.263 coletes que não cumpriam com as normas de segurança na localidade de Izmir, na costa do mar Egeu, informou a agência Dogan.
Este ponto é um dos mais utilizados pelos refugiados que buscam viajar da Turquia à Grécia, localizado a 140 km de Ayvalik, a praia onde as autoridades resgataram na terça-feira os corpos de 36 migrantes.
Segundo as autoridades, estes equipamentos não respondem às normas de segurança e não permitem que as pessoas que os utilizam mantenham a cabeça fora d'água.
"Não são coletes salva-vidas, são coletes da morte. É simplesmente um massacre", criticou na rede de informações NTV Ali Karakurt, um fabricante de coletes homologados de Izmir.
Esta fábrica empregava quatro funcionários, dois dos quais eram jovens refugiadas sírias.
Segundo números do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur), mais de um milhão de migrantes e refugiados chegaram à Europa em 2015, mas 3.771 morreram tentando cruzar o Mediterrâneo.