A queda de Ben Ali na Tunísia deu início à primavera árabe (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 28 de julho de 2011 às 18h23.
Túnis - O ex-presidente tunisiano Zine El Abidine Ben Ali foi condenado à revelia nesta quinta-feira a 16 anos de prisão por corrupção e fraude imobiliária, por dois casos de compra e cessão de terrenos em um bairro de luxo em Túnis, comprovou a AFP.
Sua filha Nesrine e seu genro Sakhr Materi foram condenados a 8 e 16 anos de prisão, respectivamente, no mesmo caso, que remonta ao início dos anos 2000.
O ex-presidente tunisiano era acusado de intervir pessoalmente para que seu genro pudesse comprar e revender os dois terrenos em questão.
No primeiro caso, relativo à compra do terreno, Ben Ali e seus dois familiares foram também condenados a pagar cerca de 30 milhões de dinares (cerca de 15 milhões de euros) cada um. Também foram condenados a pagar coletivamente 20 milhões de dinares ao Estado por conta de perdas e danos.
No segundo caso, o deposto presidente e seu genro foram condenados a pagar cada um 14 milhões de dinares e juntos 5 milhões em perdas e danos.
O tribunal pronunciou seu veredicto depois de várias horas de deliberação.
Trata-se do terceiro processo à revelia contra Ben Ali, que deixou Túnis em 14 de janeiro, pressionado por uma revolta popular, para se refugiar na Arábia Saudita.
O ex-presidente já foi condenado a um total de mais de 50 anos de prisão em dois processos anteriores, em junho e julho.
Sajr al Materi está refugiado no Qatar.