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Tumulto em peregrinação à Meca deixou 1.757 mortos

Pelo menos 1.757 peregrinos morreram e 554 coninuam desaparecidos como consequência da correria que houve na cidade santa saudita


	Corpos de peregrinos após tumulto nos arredores da cidade sagrada de Meca, na Arábia Saudita: número mais do que dobra o oficial oferecido pelas autoridades
 (Stringer/Reuters)

Corpos de peregrinos após tumulto nos arredores da cidade sagrada de Meca, na Arábia Saudita: número mais do que dobra o oficial oferecido pelas autoridades (Stringer/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2015 às 18h34.

Cairo - Pelo menos 1.757 peregrinos morreram e 554 coninuam desaparecidos como consequência da correria que houve na cidade santa saudita de Meca durante a peregrinação anual ou "Hajj", em 24 de setembro, segundo os dados oficiais apurados pela Agência Efe com autoridades de vários países.

Esse número mais do que dobra o oficial oferecido pelas autoridades da Arábia Saudita, encarregadas da organização do "Hajj", que anunciaram, então, que 769 pessoas morreram e 934 ficaram feridas.

Esses dados oficiais não foram atualizados, mas os países que tinham seus cidadãos participando da peregrinação foram atualizando o número de mortos e desaparecidos na tragédia de Meca, à medida que foram identificados os corpos.

Desta forma, o incidente se transformou no pior ocorrido durante a peregrinação, já que o mais grave registrado até o momento tinha sido em 1990, quando 1.426 pessoas morreram durante este ritual muçulmano.

Mesmo assim, o número de vítimas é provisório e poderia aumentar à medida que cada o país descubra onde e como se encontram os desaparecidos, que em alguns casos são contatos por dezenas, como os nigerianos ou malineses.

No caso do Mali, o número poderia ser superior ao anunciado oficialmente já que as agências de viagem do país sustentam que o número de mortos chega a 140 e o de desaparecidos a 224.

Por outro lado, devido às restrições impostas aos países onde há vírus do ebola, de outras nações, como o Mali, partiram peregrinos de várias nacionalidades que foram registrados como malineses, e por isso não se descarta que entre as vítimas anunciadas pelo governo em Bamaco houvesse peregrinos de Guiné e de Serra Leoa.

O país que registrou a maior quantidade de vítimas foi o Irã, com mais de 450 mortos, o que levou o país a fazer duras críticas a seu inimigo, a Arábia Saudita, pela gestão da crise.

Conforme as primeiras investigações, a aglomeração de fiéis e o descumprimento das instruções dadas causaram uma correria no cruzamento de duas ruas principais que levam à vizinha cidade de Mina, onde os peregrinos realizariam o ritual de "Apedrejamento do diabo".

Estes são os dados oficiais levantados até o momento sobre as vítimas e os desaparecidos:

- Irã: 464 mortos.

- Egito: 182 mortos e 10 desaparecidos.

- Nigéria: 145 mortos e 165 desaparecidos.

- Indonésia: 127 mortos.

- Índia: 114 mortos e 10 desaparecidos.

- Paquistão: 99 mortos e 18 desaparecidos.

- Bangladesh: 92 mortos e 90 desaparecidos.

- Mali: 79 mortos e 100 desaparecidos.

- Níger: 69 mortos e 83 desaparecidos.

- Senegal: 61 mortos e 4 desaparecidos.

- Chade: 52 mortos e 50 desaparecidos.

- Benin: 51 mortos.

- Marrocos: 33 mortos e 6 desaparecidos.

- Etiópia: 31 mortos.

- Sudão: 30 mortos e 2 desaparecidos.

- Argélia: 25 mortos.

- Camarões: 21 mortos.

- Líbia: 14 mortos e 3 desaparecidos.

- Gana: 12 mortos.

- Burkina Fasso: 8 mortos.

- Somália: 8 mortos.

- Turquia: 7 mortos.

- Tunísia: 7 mortos.

- Quênia: 6 mortos.

- Ilhas Mauricio: 5 mortos.

- Tanzânia: 4 mortos.

- Afeganistão: 3 mortos e 5 desaparecidos.

- Nepal: 3 mortos.

- Jordânia: 2 mortos.

- Iraque: 1 mortos e 8 desaparecidos.

- Omã: 1 morto.

- Filipinas: 1 morto. 

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