Tufão Mangkhut: os eventos na região norte da ilha Luzon chegam a 220 km/h (TWITTER PAGASA-DOST/Reprodução)
EFE
Publicado em 14 de setembro de 2018 às 17h25.
Manila - O tufão Mangkhut, o mais poderoso a chegar às Filipinas nos últimos 50 anos, tocou terra na cidade de Baggao, no nordeste do país, com rajadas de vento de até 285 km/h.
Com categoria 5, a máxima na escala Saffir-Simpson, Mangkhut entrou no território filipino à 1h40 de sábado (horário local; 14h40 de sexta-feira em Brasília), segundo a agência de serviços meteorológicos do país, Pagasa.
O fenômeno climático se intensificou nas últimas horas e se desloca a 35 quilômetros por hora, rumo a Hong Kong (China), onde deve chegar na tarde de sábado.
Segundo o último boletim da Pagasa, o olho de Mangkhut - furacão que nas Filipinas é chamado de Ompong - traz consigo ventos constantes de 205 km/h, fortes chuvas e ondas de até 6 metros no litoral.
Sete províncias da metade norte da ilha de Luzon (Cagayan, Isabela, Ilocos Norte, Apayao, Abra, Kalinga e Babuyan) decretaram alerta de nível 4 - em uma escala que vai até cinco. Na região, onde mais de 13 mil pessoas deixaram suas casas antes da chegada do tufão, os ventos estão entre 171 km/h e 220 km/h.
A expectativa do governo local é que Mangkhut afete a vida de 5,2 milhões de filipinos que vivem em um raio de 125 quilômetros da trajetória prevista pela Pagasa.
O governo das Filipinas alertou que o poder de destruição de Mangkhut pode ser semelhante ao de Haiyan, um supertufão que deixou mais de 7 mil mortos e desaparecidos no país em novembro de 2013.
No entanto, a região afetada pelo Mangkhut é menos povoada e também é protegida por montanhas que minimizam o impacto do fenômeno climático. Por isso, o número potencial de vítimas é menor.
As autoridades do país afirmaram estar preparadas para que o tufão passe pelo país sem deixar vítimas e mobilizaram US$ 30 milhões para uma resposta emergencial ao Mangkhut.
A Cruz Vermelha estima que o número de afetados pelo tufão será de 10 milhões. A diferença no cálculo é que a organização humanitária leva em consideração as pessoas que vivem da agricultura na região de Luzon e as perdas que elas sofrerão devido à passagem do Mangkhut pelas plantações.