Aeroporto de Tóquio: pelo menos 600 voos foram cancelados nesta segunda-feira, especialmente em Tóquio, e o tráfego ferroviário estava suspenso em várias linhas (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 16 de setembro de 2013 às 12h35.
O tufão Man-yi atingiu o Japão nesta segunda-feira e provocou a morte de duas pessoas, o que levou a operadora da central nuclear de Fukushima a verter no mar água de chuva com índices de radioatividade considerados baixos.
Quase 340.000 famílias receberam a ordem de abandonar suas casas com a chegada do tufão.
O tufão Man-yi atravessou na manhã desta segunda-feira o centro do Japão, provocando chuvas "sem precedentes" em várias regiões que foram colocadas em "alerta especial".
O tufão, o 18º da temporada na Ásia, atingiu nesta segunda-feira a ilha principal de Honshu, no município de Aichi (centro-sul), às 7H40 locais, antes de cruzar a região de Tóquio e seguir depois para o Oceano Pacífico, ao leste, pela província de Fukushima, anunciou a Agência Meteorológica.
O tufão Man-yi provocou chuvas torrenciais e ventos de até 160 quilômetros por hora.
Horas depois foram registradas duas mortes, quatro desaparecidos, 128 feridos, mais de 4.000 casas inundadas, 270 casas danificadas por fortes ventos ou deslizamentos de terra, anunciou o canal NHK.
No domingo, o tufão atingiu o sul e leste do país, mas sem provocar muita destruição.
Tóquio foi afetada durante a madrugada desta segunda-feira por fortes ventos.
As autoridades ordenaram a saída de 340.000 famílias do município de Kyoto e de municípios vizinhos, em consequência dos riscos de inundações e avalanches.
As chuvas devem afetar a região de Fukushima, o que aumenta os temores a respeito da acidentada central nuclear devastada pelo tsunami de 11 de março de 2011.
A empresa Tokyo Electric Power (Tepco) anunciou que reforçou a vigilância dos equipamentos críticos, como tubos de água de refrigeração dos reatores ou bombas.
Nesta segunda-feira, a empresa bombeava água de partes da central próximas aos tanques que armazenam água radioativa. A empresa suspeita que os tanques têm vazamentos e que água radioativa chega ao lençol freático.
"Mas optamos por verter a água no mar, já que, depois de medir os níveis de radiação, chegamos à conclusão de que poderia ser considerada água de chuva", disse o porta-voz da Tepco, Yo Koshimizu.
Un litro desta água contém até 24 becquerels de estrôncio e outras matérias radioativas. As autoridades japonesas autorizam a água seja lançada ao mar, desde que contenha no máximo 30 becquerels por litro.
Os serviços de transporte aéreo e ferroviário anunciaram uma redução da atividade.
Pelo menos 600 voos foram cancelados nesta segunda-feira, especialmente em Tóquio, e o tráfego ferroviário estava suspenso em várias linhas.