"Juro que aplicarei a Constituição e as leis e que trabalharei sempre pelo interesse geral do povo grego", declarou Alexis Tsipras (REUTERS/Alkis Konstantinidis)
Da Redação
Publicado em 21 de setembro de 2015 às 15h27.
Atenas - O líder do esquerdista Syriza, Alexis Tsipras, vencedor das eleições antecipadas de ontem na Grécia, tomou posse pela segunda vez em oito meses como primeiro-ministro grego nesta segunda-feira, diante do presidente, Prokopis Pavlopoulos.
Assim como em 26 de janeiro, após as primeiras eleições vencidas pelo Syriza, Tsipras não fez o juramento religioso, como é tradicional na política grega, somente o civil.
"Juro que aplicarei a Constituição e as leis e que trabalharei sempre pelo interesse geral do povo grego", declarou Tsipras durante o ato.
Depois, Pavlopoulos e Tsipras assinaram o decreto de nomeação e posaram para as fotos antes de deixarem a sala onde o ato foi realizado.
Em um encontro poucas horas antes, Tsipras comunicou formalmente ao presidente da República que formará uma coalizão com o partido nacionalista Gregos Independentes e que esta aliança garantirá a maioria parlamentar necessária para governar.
Tsipras informou a Pavlopoulos sobre sua intenção de comparecer na quarta-feira ao Conselho Europeu extraordinário sobre a crise de refugiados e que nela também representará o presidente do Chipre, Nicos Anastasiades, que não pode viajar para Bruxelas.
Ambos ressaltaram o ambiente civilizado e democrático da votação de ontem e o presidente manifestou que isso mostra que, apesar da crise, a cultura democrática na Grécia melhorou.
Tsipras e o líder dos Gregos Independentes, Panos Kamenos, selaram esse segundo pacto ontem, após o anúncio da vitória do Syriza e a confirmação de que o partido nacionalista tinha conseguido entrar no parlamento, o que as pesquisas não davam como certo.
O Syriza saiu vencedor do pleito de domingo com 35,47% dos votos (145 cadeiras) e formará governo com o nacionalista de direita Gregos Independentes, que conseguiu entrar no parlamento com 3,69% (10 cadeiras).
Juntos, os partidos somam 155 cadeiras das 300 do total, uma maioria suficiente para repetir a coalizão formada em janeiro deste ano.