Trump: o vice-almirante aposentado Robert Harward recusou a oferta do presidente para substituir Flynn (Kevin Lamarque/Reuters)
Reuters
Publicado em 17 de fevereiro de 2017 às 16h13.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que está com dificuldades para encontrar um novo conselheiro de Segurança Nacional depois de demitir o primeiro e ser esnobado por outro candidato, disse nesta sexta-feira que está analisando quatro pessoas, entre elas o interino no cargo, Keith Kellogg.
Trump demitiu Michael Flynn na segunda-feira devido a uma controvérsia a respeito dos contatos do tenente-general aposentado com a Rússia, e na quinta-feira o vice-almirante aposentado Robert Harward recusou a oferta do presidente para substituir Flynn.
Em uma postagem no Twitter nesta sexta-feira, Trump escreveu que está estudando quatro candidatos em potencial para a posição.
"O general Keith Kellogg, que conheço há muito tempo, está totalmente no páreo para a (Agência de Segurança Nacional) NSA - como estão outros três", disse, sem citar os outros nomes.
Kellogg, tenente-general aposentado que atualmente é chefe de gabinete do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, assumiu como conselheiro da área de forma interina após a demissão de Flynn.
O general aposentado David Petraeus, que ocupou altos postos de comando nas guerras do Iraque e do Afeganistão e serviu como diretor da CIA no governo do ex-presidente Barack Obama, também foi mencionado anteriormente por uma autoridade da Casa Branca como possível ocupante do cargo.
Petraeus renunciou à chefia da CIA em 2012 e se declarou culpado do delito de administrar mal materiais confidenciais relacionados a documentos que deu à sua biógrafa, com quem teve um caso.
A rede NBC News noticiou que outros dois militares aposentados também estão sendo cogitados: o general James Jones, ex-comandante supremo aliado na Europa e conselheiro de Segurança Nacional de Obama entre 2009 e 2010, e o general Keith Alexander, ex-diretor da NSA.
Harward, executivo sênior na empresa Lockheed Martin e ex-fuzileiro naval, recusou a vaga em parte porque queria levar sua própria equipe, de acordo com duas fontes a par da decisão.
O chefe de gabinete da Casa Branca, Reince Priebus, disse ao canal Fox News na quinta-feira que a família de Harward não "deu aval" para ele assumir o emprego.