Benjamin Netanyahu e o presidente de Israel, Reuven Rivlin, estiveram no aeroporto Ben-Gurion de Telaviv para receber Trump (Amir Cohen/Reuters)
Reuters
Publicado em 22 de maio de 2017 às 08h29.
Tel Aviv - Após dois dias exaustivos na Arábia Saudita, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou a Israel nesta segunda-feira tentando ressuscitar o emperrado processo de paz israelo-palestino com visitas a Jerusalém e à Cisjordânia.
Ao longo de dois dias, Trump irá se encontrar separadamente com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, e visitar locais sagrados. Nesta segunda-feira ele irá rezar no Muro das Lamentações de Jerusalém e visitar a Igreja do Santo Sepulcro.
Netanyahu e sua esposa, Sara, assim como o presidente de Israel, Reuven Rivlin, e membros do governo israelense estiveram no aeroporto Ben-Gurion de Telaviv para receber Trump e a primeira-dama, Melania, em uma cerimônia com tapete vermelho após um voo direto de Riad.
Em sua primeira grande viagem ao exterior desde que tomou posse, em janeiro, Trump já está mostrando sinais de fatiga devido ao cronograma intenso. Ele está fazendo uma viagem de nove dias pelo Oriente Médio e pela Europa que termina no sábado, depois de visitas ao Vaticano, Bruxelas e Sicília.
Durante um discurso em Riad no domingo no qual pediu que líderes árabes e islâmicos façam sua parte para derrotar militantes islâmicos, Trump se referiu ao "extremismo islâmico", embora trechos adiantados indicassem que ele falaria em "extremismo islamista".
Uma autoridade da Casa Branca culpou o cansaço de Trump pela troca. "É só um cara exausto", disse ela aos repórteres.
Na noite de domingo, na capital saudita, após um longo dia de eventos, muitos deles adiados, Trump desistiu de comparecer ao fórum Tweeps para jovens que deveria ser sua última atividade do dia, enviando a filha Ivanka em seu lugar.
Ao longo do final de semana, o líder norte-americano foi recebido calorosamente por líderes árabes, que se concentraram em seu desejo de reprimir a influência do Irã na região, um compromisso que não encontraram em seu antecessor, o presidente democrata Barack Obama.
A recepção marcou um contraste com suas dificuldades em casa, onde Trump passa apertos para conter um escândalo crescente desde que demitiu o então diretor do FBI, James Comey, quase duas semanas atrás.