Trump: os setores mais conservadores dos republicanos criticaram energeticamente o aumento da despesa e do déficit (Kevin Lamarque/Reuters)
EFE
Publicado em 8 de maio de 2018 às 06h44.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai propor nesta terça-feira ao Congresso a aprovação de cortes por US$ 15 bilhões, dos quais quase a metade correspondem a um programa de saúde infantil, informaram, ontem, representantes da Casa Branca.
Esses fundos já aprovados e, segundo a Casa Branca, nunca foram gastos, por isso os cortes não terão impacto nos programas atuais, assegurara.
Os cortes, que representam menos de 0,4% da despesa anual, acontecem após a aprovação nos últimos meses da redução de impostos e orçamentos de US$ 1,3 trilhão que provocarão um aumento do já elevado déficit americano.
Os setores mais conservadores dos republicanos criticaram energeticamente o aumento da despesa e do déficit, reivindicando a Trump esses cortes.
"É melhor do que nada", disse o congressista republicano Warren Davidson, que faz parte do ultraconservador Freedom Caucus, sobre o corte de US$ 15 bilhões ele esperava.
As autoridades que anunciaram a medida também avisaram que a Casa Branca solicitará futuros cortes, incluindo um "grande", dos US$ 1,3 trilhão aprovados em março.
Dos US$ 15 bilhões de cortes, cerca de US$ 7 bilhões do Programa de Seguro de Saúde Infantil (CHIP, sigla em inglês), um dos maiores cavalos de batalha dos democratas na oposição.
Outros despesas canceladas incluem US$ 4,3 bilhões de um programa de empréstimos tecnológicos que, segundo a Casa Branca, estava inativo durante os últimos sete anos, fundos da epidemia de ebola de 2015 ou de um programa ferroviário desatualizado.
A medida foi amplamente criticada pelos democratas, especialmente no que refere ao corte para o CHIP.
"Parece que sabotar nosso sistema de saúde em detrimento das famílias de classe média não foi suficiente para Trump e os republicanos: agora eles aceitam os dólares das assistência médica de milhões de criança", disse o líder democrata no Senado, Chuck Schumer, através de um comunicado.