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Trump teria feito ligação "insensível" para viúva de soldado

La David T. Johnson, de 25 anos, morreu durante uma emboscada no Níger no início de outubro; Trump teria dito que o soldado sabia "ao que estava se expondo"

Trump: "Tem um coração de pedra e falta piedade e simpatia", disse a legisladora (Kevin Lamarque/Reuters)

Trump: "Tem um coração de pedra e falta piedade e simpatia", disse a legisladora (Kevin Lamarque/Reuters)

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AFP

Publicado em 18 de outubro de 2017 às 15h13.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está envolvido em uma nova polêmica, por, supostamente, ter dito à viúva de um soldado morto no Níger que "ele sabia ao que estava se expondo", segundo uma legisladora democrata, que o acusou de "insensível".

O soldado, La David T. Johnson, de 25 anos, morreu durante uma emboscada no Níger no início de outubro.

Seus restos mortais chegaram na terça-feira ao aeroporto de Miami, na Flórida. Quando sua viúva, Myeshia Johnson, grávida de seu terceiro filho, se dirigia para receber o caixão, recebeu uma ligação de Trump, de acordo com Frederica Wilson, representante democrata e que acompanhava a mulher.

"Não escutei toda a ligação, mas ouvi dizer 'estou certo de que ele sabia ao que estava se expondo, mas isto é doloroso", declarou a legisladora à emissora CNN.

"Este homem está doente. Tem um coração de pedra e falta piedade e simpatia. É uma viúva de luto", indignou-se na entrevista.

"A legisladora democrata inventou completamente o que disse para a esposa de um soldado morto em combate (e tenho as provas). Triste!", afirmou Trump no Twitter.

Wilson, por sua vez, desmentiu o presidente na CNN: "não sei de que tipo de provas ele fala. Não era a única no carro e também tenho provas", disse.

A ligação, da qual inicialmente informou a mídia local da Flórida na terça-feira à noite, virou manchete da imprensa nacional na quarta-feira de manhã, e a legisladora deu diversas entrevistas nas quais insistiu que a viúva estava muito triste porque o presidente sequer sabia o nome de seu marido.

A patrulha conjunta em que Johnson estava sofreu em 4 de outubro uma emboscada de um grupo extremista na fronteira com o Mali, que custou a vida de quatro soldados americanos e de outros quatro do Níger.

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