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Trump tem "cofre de guerra" para financiar reeleição

No fim de 2019, o magnata arrecadou US$ 46 milhões, apesar do escândalo político que levou à abertura de um processo de impeachment contra ele

Donald Trump: arrecadação do presidente norte-americano para as próximas eleições não foi abalada pelo processo de impeachment aberto contra ele (Yuri Gripas/Reuters)

Donald Trump: arrecadação do presidente norte-americano para as próximas eleições não foi abalada pelo processo de impeachment aberto contra ele (Yuri Gripas/Reuters)

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AFP

Publicado em 2 de janeiro de 2020 às 16h24.

A equipe de reeleição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou, nesta quinta-feira (2), uma impressionante arrecadação de doações para financiar sua campanha, expondo a magnitude do desafio dos democratas neste início de ano eleitoral.

No quarto trimestre de 2019, Trump arrecadou a assombrosa cifra de US$ 46 milhões, apesar do escândalo político que levou à abertura de um processo de impeachment contra ele.

Foi seu melhor período de arrecadação de fundos, em um ano em que foi arrecadado um total de US$ 143 milhões, anunciou a equipe que trabalha na reeleição.

"Os democratas e os meios de comunicação estiveram em um frenético simulacro de impeachment e a campanha do presidente ficou apenas maior e mais forte, com nosso melhor trimestre de arrecadação de fundos", disse o coordenador de campanha de Trump 2020, Brad Parscale, em um comunicado.

"O cofre de guerra do presidente e o Exército de partidários da base fazem de sua campanha de reeleição um monstro impossível de ser contido", afirmou.

Em 18 de dezembro, Trump foi acusado pela Câmara de Representantes de abuso de poder e de obstrução do Congresso. Ainda precisa ser julgado pelo Senado, onde deve ser absolvido, diante da maioria republicana nesta Casa.

Nos dois dias que se seguiram à aprovação do julgamento político por parte da Câmara, a campanha de Trump arrecadou US$ 10 milhões, segundo notícia do jornal "The New York Post" retuitado hoje pelo próprio presidente.

No Partido Democrata, 14 pré-candidatos buscam a indicação da sigla para disputar a Casa Branca com Trump em 3 de novembro. Até agora, nenhum deles juntou tanto dinheiro quanto o magnata nova-iorquino.

O senador Bernie Sanders anunciou, porém, uma cifra considerável: mais de US$ 34,5 milhões foram coletados no último trimestre, o melhor resultado anunciado por um candidato às primárias democratas em 2019.

Sanders aparece em segundo lugar nas intenções de voto das primárias democratas. Em primeiro, está o ex-vice-presidente Joe Biden, que ainda não divulgou o total arrecadado no último trimestre.

A equipe de Sanders também disse que superou as cinco milhões de doações individuais. Em sua anterior campanha à Presidência, superou esse limite apenas depois de março de 2016.

Outro candidato moderado, o mais jovem nas primárias, Pete Buttigieg, também anunciou resultados muito bons nesta quinta-feira. Arrecadou US$ 24,7 milhões no último trimestre e US$ 76 milhões ao todo no ano. É uma quantia impressionante para este ex-militar, abertamente declarado homossexual e desconhecido do público em geral há um ano.

Buttigieg, que até quarta-feira era prefeito de South Bend, Indiana, lidera as pesquisas em Iowa, o primeiro estado a votar nas primárias democratas em 3 de fevereiro.

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