Nacionalistas brancos realizam marcha com tochas na cidade de Charlottesville, na Virgínia, dia 11/08/207 (Alejandro Alvarez/Reuters)
Gabriela Ruic
Publicado em 14 de agosto de 2017 às 14h04.
Última atualização em 14 de agosto de 2017 às 15h36.
São Paulo – Depois da pressão por não ter mencionado a atuação de membros do grupo Ku Klux Klan e neonazistas nos ataques durante uma marcha racista na cidade de Charlottesville, no estado da Virgínia, Donald Trump finalmente veio à público para citá-los expressamente.
“O Racismo é perverso – e todos aqueles que causam violência em seu nome são criminosos, incluindo os membros da KKK (Ku Klux Klan, antiga organização racista americana), neonazistas e supremacistas brancos e qualquer outro grupo de ódio, são repugnantes e vão contra o que defendemos como americanos”, disse o presidente americano em pronunciamento feito ao vivo nos Estados Unidos.
“Para todos que agiram de forma criminosa neste final de semana de violência racista: vocês serão responsabilizados. A Justiça será feita. Racismo não tem lugar nos Estados Unidos”, continuou o republicano.
No último sábado, uma manifestação conduzida por supremacistas brancos terminou em violência com opositores. A situação se tornou ainda mais caótica depois que um homem atropelou um grupo de pessoas contrárias à marcha, matando uma mulher. Ao todo, os confrontos deixaram 3 mortos e 20 feridos.
A manifestação se chamava “Unir a Direita” e foi organizada como forma de protesto à retirada de uma estátua em homenagem ao general confederado Robert E. Lee, que liderou as forças sulistas durante a Guerra Civil americana.
Na ocasião, Trump se pronunciou condenando os fatos ocorridos, mas não citou os grupos diretamente, fazendo com que sofresse críticas por todos os lados, republicanos e democratas, de que estaria sendo leniente com movimentos extremistas.