Donald Trump: "É o nascimento de um novo milênio, pronto para desvendar os mistérios do espaço" (Carlos Barria/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 21 de janeiro de 2017 às 15h25.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seus assessores sinalizaram mudanças significativas nas políticas espaciais tanto para fins militares como civis. O primeiro ato da nova administração deve já ser dado na segunda-feira.
Em seu discurso de posse, Trump fez uma referência à promessa de exploração tripulada do sistema solar e disse que é o "nascimento de um novo milênio, pronto para desvendar os mistérios do espaço".
Nenhuma proposta específica sobre o setor espacial foi considerada por Trump, segundo fontes. Entretanto, durante semanas, seus assessores demonstraram interesse em planejar parcerias público-privadas que promovam a exploração tripulada do espaço.
Ao mesmo tempo, o general James Mattis, que foi confirmado pelo Senado como secretário da Defesa, sinalizou que as políticas espaciais militares estão passando por uma reavaliação.
Em comentários dirigidos a um painel do Congresso no mês passado, o general afirmou que "tanto a China como a Rússia vem desenvolvendo e testando uma variedade de armas anti-satélites que podem destruir ou deixar inoperantes as naves espaciais norte-americanas", uma ameaça aventada há anos pelo Pentágono e por membros das forças armadas.
"Precisamos assegurar que a disponibilidade, segurança e resistência de nossos ativos espaciais a todo o custo e em todas as fases de conflito", acrescentou. "Capacidades ofensivas devem ser consideradas para assegurar a sobrevivência das operações espaciais necessárias a nossos planos de guerra", afirmou o indicado para a Defesa.
Os comentários de Mattis sinalizam uma possível mudança na postura atual dos EUA, que tem evitado militarizar o espaço e também trabalhado para que outros países o façam. Até o momento, a ênfase do Pentágono tem sido em conseguir verba para "proteger" os futuros satélites de segurança nacional contra possíveis ataques, e não em publicamente advogar a construção de uma capacidade ofensiva contra satélites de outros países. Fonte: Dow Jones Newswires.