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Trump se prepara para assinar ordens executivas em seu 1º dia

O republicano Trump chegou em Washington num avião militar com a sua família um dia antes de fazer o seu juramento em cerimônia no Congresso

Trump: os assessores de Trump examinaram mais de 200 potenciais ordens executivas para a consideração dele (Shannon Stapleton/Reuters)

Trump: os assessores de Trump examinaram mais de 200 potenciais ordens executivas para a consideração dele (Shannon Stapleton/Reuters)

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Reuters

Publicado em 19 de janeiro de 2017 às 21h54.

Washington - Donald Trump está pronto para começar a implementar ações executivas no seu primeiro dia na Casa Branca, na sexta-feira, para avançar rapidamente com as suas promessas de reprimir imigração, construir um muro na fronteira entre Estados Unidos e México e reverter políticas do presidente Barack Obama.

Eleito em 8 de novembro, o republicano Trump chegou em Washington num avião militar com a sua família um dia antes de fazer o seu juramento em cerimônia no Congresso.

Num intervalo das festividades de posse, Trump pode usar um dos mais poderosos instrumentos do seu gabinete, a caneta presidencial, para ações presidenciais que podem ser implementadas sem a participação do Congresso.

"Ele está comprometido não somente com o dia um, mas com o dia dois, o dia 3 da adoção de uma pauta de mudança real, e eu acho que vocês vão ver isso nos próximos dias e semanas", afirmou Sean Spicer, porta-voz de Trump, nesta quinta, dizendo para os jornalistas esperarem atividade nesta sexta, durante o fim de semana e no início da semana que vem.

Os assessores de Trump examinaram mais de 200 potenciais ordens executivas para a consideração dele sobre assistência de saúde, clima, imigração, energia e vários outros temas, mas não ficou claro quantas ordens ele vai inicialmente aprovar, segundo um integrante da equipe de transição não autorizado a falar com a imprensa.

A assinatura de ordens coloca Trump, que tem comandado um império empresarial, mas nunca teve um cargo público, em situação familiar, similar a de um executivo-chefe, e representará alguns triunfos juntos aos seus simpatizantes, antes que ele tenha que se ocupar com o processo lento de buscar aprovações do Congresso.

A estratégia foi usada por outros presidentes, incluindo Obama, nas suas primeiras semanas no cargo.

"Isso envia duas mensagens. A primeira é que ele quer mostrar que vai tomar medidas e não vai ser sufocado pelos impasses de Washington. A segunda é que ele vai avançar na reversão de políticas que ele acredita que são falidas e ruins", afirmou Julian Zelizer, historiadora da Universidade de Princeton.

A expectativa é que Trump também imponha um congelamento das contratações federais e tome medidas para postergar a implementação de uma regra do Departamento de Trabalho, prevista para entrar em vigor em abril, que exigirá que corretores que dão conselhos sobre aposentadoria coloquem os interesses dos seus clientes em primeiro lugar.

Obama, o democrata que encerra um período de oito anos como presidente, fez uso frequente dos seus poderes executivos durante o seu segundo mandato, quando o Congresso controlado pelos republicanos travou os seus esforços para reformar leis imigratórias e ambientais. Muitas dessas ações são agora alvos de Trump para serem revistas.

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