Trump: a demanda poderia abrir uma nova frente para Trump em um momento em que lida com a investigação sobre a relação das eleições com a Rússia (Yuri Gripas/Reuters)
EFE
Publicado em 12 de junho de 2017 às 06h27.
Washington - Os procuradores-gerais de Washington DC e Maryland processarão o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta segunda-feira, alegando que violou as cláusulas anticorrupção da Constituição, ao aceitar milhões de dólares de governos estrangeiros em pagamentos para suas empresas, de acordo publicou no domingo o jornal "The Washington Post".
Os dois procuradores-gerais, ambos democratas, baseiam sua exigência de que esses "milhões em pagamentos e benefícios de governos estrangeiros" que Trump recebeu desde que se mudou para Casa Branca e levando em conta que optou por "conservar a propriedade das suas empresas" após assumir o cargo.
Trump transferiu o controle de seu conglomerado empresarial aos seus dois filhos, Donald Jr. e Eric, para evitar possíveis conflitos de interesses durante o tempo em que ocupar a presidência.
No entanto, o procurador-geral de DC, Karl A. Racine e o de Maryland, Brian Frosh, consideram que Trump "quebrou muitas promessas de manter em separado o seu dever público dos seus interesses dos negócios privados, incluindo receber atualizações regulares sobre a saúde financeira da empresa".
Se um juiz federal permite que o caso proceda, segundo explicaram os procuradores ao jornal, um dos primeiros passos seria pedir cópias das declarações fiscais de Trump - que ele se negou tornar públicas até agora - para conhecer até onde vão seus negócios no exterior.
Essa batalha, segundo eles, acabaria provavelmente no Supremo Tribunal, com os advogados de Trump obrigados a defender, pois as declarações fiscais do presidente devem continuar sendo privadas.
A demanda poderia abrir uma nova frente para Trump em um momento em que lida com a investigação sobre membro de sua campanha que teria confabulado com o governo russo para interferir nas eleições presidenciais do ano passado.