Saipov, acusado por ataque em Nova York, em foto de divulgação, dia 1/11/2017 (Divulgação/Reuters)
AFP
Publicado em 2 de novembro de 2017 às 13h26.
O presidente americano, Donald Trump, pareceu voltar atrás nesta quinta-feira (2) em sua ideia de enviar à prisão militar de Guantánamo o autor do atentado de Nova York, que lançou uma caminhonete contra ciclistas e pedestres deixando um balanço de oito mortos.
"Gostaria de enviar o terrorista de NYC para Guantánamo, mas estatisticamente esse processo leva muito mais tempo do que ir para o sistema federal", escreveu Trump em sua série de tuítes matinais.
E acrescentou: "também tem algo de apropriado mantê-lo no local do horrendo crime que cometeu. Devemos nos mexer rápido. PENA DE MORTE!".
O uzbeque Sayfullo Saipov, com residência legal nos Estados Unidos, que reivindicou o atentado em nome do grupo extremista Estado Islâmico (EI), disse aos investigadores que estava "satisfeito" com o que fez e que vinha planejando o ataque há um ano, revelou a Polícia Federal.
O presidente esboçou na quarta-feira a ideia de enviar o uzbeque para Guantánamo, uma prisão militar na base naval de Cuba para abrigar suspeitos de terrorismo.
"Enviá-lo a Gitmo, certamente consideraria", disse, usando o apelido da prisão.
E à noite tuitou que o agressor, a quem chamou de "animal", "DEVERIA TER A PENA DE MORTE!".
Desde que os primeiros presos chegaram a Guantánamo em 2002, somente oito foram condenados pelas comissões militares lá estabelecidas, segundo a Human Rights Watch. Mas três dessas condenações foram anuladas e outras três parcialmente invalidadas.
Somente sete dos 41 reclusos restantes da prisão militar foram formalmente acusados e ainda restam alguns anos para o julgamento.