Donald Trump, presidente dos Estados Unidos: ele continua a contestar o resultado das eleições (Carlos Barria/Reuters)
Reuters
Publicado em 14 de novembro de 2020 às 08h41.
Última atualização em 14 de novembro de 2020 às 09h15.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira, 13, que nunca decretará um lockdown nacional para conter o coronavírus, mas disse que "o tempo dirá" se outro governo tomará posse em janeiro e o fará, na declaração mais próxima que chegou até o momento de reconhecer que o presidente eleito Joe Biden poderá sucedê-lo.
Em seu primeiro discurso público desde que Biden foi declarado vencedor no sábado, Trump disse que espera que uma vacina contra o coronavírus esteja disponível para toda a população do país em abril, em meio a uma nova onda de infecções pela doença letal que tem levado as contagens diárias a números recordes.
Em declarações no jardim da Casa Branca, Trump também pareceu reconhecer pela primeira vez a possibilidade de um futuro governo Biden, embora não tenha admitido até o momento a derrota e de não ter citado o rival democrata pelo nome.
"Idealmente, não iremos para um lockdown. Eu não irei, este governo não irá para um lockdown", disse. "Esperançosamente, o que quer que aconteça no futuro -- quem sabe qual será o governo. Acho que o tempo dirá", acrescentou.
Desde a eleição de 3 de novembro, Trump tem persistido com acusações sem provas de fraude eleitoral generalizada. Mas, embora continue a fazer tais afirmações no Twitter, ele não as repetiu em seus comentários públicos na sexta-feira.
Na última vez que Trump havia falado em público -- na sala de entrevistas da Casa Branca, dois dias após a eleição --, ele disse, sem evidências, que, se fossem contados apenas os "votos legais", ele "ganharia facilmente" a eleição.
Biden solidificou sua vitória sobre Trump nesta sexta-feira, depois de confirmada sua vitória no Estado da Geórgia, deixando Trump com poucas esperanças de reverter o resultado por meio de contestações judiciais e recontagens.