Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, receberá no dia 3 de maio, na Casa Branca, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, com quem conversará sobre o objetivo de chegar a um acordo de paz entre israelenses e palestinos.

"O presidente (Trump) usará a visita para reafirmar o compromisso dos líderes tanto de Estados Unidos como da Autoridade Nacional Palestina de negociar e, em último termo, concluir um acordo que acabe com o conflito entre os palestinos e Israel ", disse nesta quarta-feira o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, em entrevista coletiva.

Trump convidou Abbas durante sua primeira conversa telefônica com o líder palestino, que aconteceu em 10 de março.

A reunião acontecerá mais de dois meses depois do primeiro encontro entre Trump e o premier israelense, Benjamin Netanyahu, que aconteceu em 15 de fevereiro em Washington.

Nessa reunião, Trump se desvinculou da política adotada por seus três antecessores, ao pôr em dúvida que a paz no Oriente Médio deva acontecer pela criação de um Estado palestino, mediante a chamada "solução de dois Estados".

A ambiguidade de Trump sobre esse ponto gerou preocupação entre os palestinos e os países membros da Liga Árabe, que em sua última cúpula reagiram a essa postura e ressaltaram seu apoio à criação do Estado palestino.

Por sua vez, Abbas evitou ser pessimista e, segundo fontes do governo americano, no mês passado firmou ao enviado especial dos EUA para negociações internacionais, Jason Greenblatt, que acredita que a paz entre israelenses e palestinos é possível sob a presidência de Trump.

"O presidente Abbas disse a Greenblatt acreditar que, sob a liderança do presidente Trump, é possível um histórico acordo de paz e que isso potencializará a segurança em toda a região", afirmou a embaixada americana em Israel depois que o líder palestino recebeu o enviado dos EUA em Ramala.

Até agora, o governo Trump e a Autoridade Nacional Palestina tiveram três contatos de alto nível: a ligação telefônica entre os presidentes, a visita de Greenblatt e uma reunião em fevereiro em Ramala entre Abbas e o diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), Mike Pompeo.