Protesto: a moção reconhece a situação e presta condolências pela morte Heather Heyer (Yuri Gripas/Reuters)
AFP
Publicado em 13 de setembro de 2017 às 06h27.
O Congresso dos Estados Unidos aprovou por unanimidade na terça-feira uma resolução de condenação aos neonazistas, a KKK e outros nacionalistas brancos, e urge ao presidente Donald Trump que enfrente os grupos de ódio após os atos de violência racial no mês passado em Charlottesville, Virginia.
A resolução conjunta das duas Casas do Congresso, que descreve a violência como um "ataque terrorista interno", pede ao governo de Trump que melhore o registro de dados sobre crimes e discursos de ódio.
A Câmara de Representantes aprovou por unanimidade a medida na terça-feira, pouca horas depois de o Senado ter feito o mesmo. O texto segue agora para a Casa Branca.
Congressistas da Virginia afirmaram que o Congresso apresentou uma "voz unificada" para condenar inequivocamente este incidente, no qual uma contra-manifestante morreu ao ser atropelada pelo veículo de um supremacista branco que avançou contra uma multidão após um protesto de extremistas de direita que terminou em violência.
A moção reconhece a situação e presta condolências pela morte Heather Heyer, de dois policiais que faleceram na queda de um helicóptero quando monitoravam o protesto e de 19 pessoas feridas nos distúrbios.
"Espero que esta ação bipartidária cure as feridas depois desta tragédia e envie uma mensagem clara aos que pretendem dividir nosso país de que não há espaço para o ódio e a violência", disse o democrata Gerry Connelly.
Trump foi muito criticado depois que afirmar que os manifestantes contrários ao racismo eram igualmente responsáveis pela violência na manifestação dos supremacistas brancos em Charlottesville.
A aprovação do presidente republicano registrou forte queda após o episódio e está em seu menor nível em sete meses de mandato.
A resolução expressa "apoio à comunidade de Charlottesville, rejeitando os nacionalistas brancos, os supremacistas brancos, a Ku Klux Klan, neonazistas e outros grupos de ódio, e urge ao presidente e seu gabinete a usar todos os recursos disponíveis para enfrentar as ameaças representadas por estes grupos".