Trump: o presidente americano acusou o ex-diretor do FBI de ter vazado informações sigilosas e o chamou de mentiroso (Kevin Lamarque/Reuters)
Reuters
Publicado em 13 de abril de 2018 às 09h55.
Última atualização em 13 de abril de 2018 às 10h49.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, descreveu, nesta sexta-feira, o ex-diretor do FBI James Comey como "fraco e mentiroso", reagindo a reportagens que afirmam que Comey o critica em um livro de memórias que será publicado na próxima semana.
James Comey is a proven LEAKER & LIAR. Virtually everyone in Washington thought he should be fired for the terrible job he did-until he was, in fact, fired. He leaked CLASSIFIED information, for which he should be prosecuted. He lied to Congress under OATH. He is a weak and.....
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) April 13, 2018
"Foi uma grande honra demitir James Comey", disse Trump em uma série de publicações no Twitter, acrescentando que ele foi um péssimo diretor do FBI.
....untruthful slime ball who was, as time has proven, a terrible Director of the FBI. His handling of the Crooked Hillary Clinton case, and the events surrounding it, will go down as one of the worst “botch jobs” of history. It was my great honor to fire James Comey!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) April 13, 2018
Trump demitiu Comey no último mês de maio e, desde então, tem criticado o ex-diretor publicamente, mas não nesse nível.
Comey está fazendo uma série de entrevistas antes do lançamento de seu livro, "A Higher Loyalty: Truth, Lies and Leadership", que, segundo meios de comunicação, retrata o presidente de maneira profundamente negativa.
Em entrevista à emissora ABC nesta sexta-feira, Comey falou sobre seus primeiros encontros com o novo presidente, que descreveu como volátil, defensivo e mais preocupado com sua própria imagem do que com a suposta interferência russa na eleição presidencial de 2016.
No primeiro trecho da entrevista, transmitido no programa "Good Morning America", Comey disse que havia advertido Trump contra pedir uma investigação sobre um dossiê de inteligência que alegava que ele teria tido um encontro com prostitutas em Moscou em 2013.
No livro, Comey disse que Trump mencionou o dossiê a ele ao menos quatro vezes durante reuniões desde que assumiu a Presidência em janeiro, de acordo com o jornal Washington Post, que obteve uma cópia do texto.
O dossiê foi elaborado pelo ex-agente da inteligência britânica Christopher Steele e discorria sobre os laços de Trump com a Rússia, incluindo uma alegação envolvendo prostitutas.
Comey disse à ABC que Trump negou as acusações e disse querer que o FBI investigasse as alegações para provar que o dossiê era falso.