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Trump propõe reunião nos EUA para resolver crise do Catar

Até agora, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Egito, Mauritânia e Maldivas romperam as suas relações diplomáticas com o Catar

Trump: o presidente americano falou hoje por telefone com o emir do Catar (Jonathan Ernst/Reuters)

Trump: o presidente americano falou hoje por telefone com o emir do Catar (Jonathan Ernst/Reuters)

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EFE

Publicado em 7 de junho de 2017 às 16h52.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, propôs nesta quarta-feira a organização de uma reunião na Casa Branca para resolver a crise gerada pela ruptura de relações diplomáticas de vários países com o Catar e ressaltou a necessidade do diálogo na região para deter o auge do extremismo.

Trump falou hoje por telefone com o emir do Catar, Tamim bin Hamad al-Thani, e se ofereceu "para ajudar as partes a resolver suas diferenças, inclusive por meio de uma reunião na Casa Branca se for necessário", segundo informou o governo americano em um comunicado.

"O presidente reiterou que um Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) unido e uma aliança forte entre os Estados Unidos e esse conselho são cruciais para derrotar o terrorismo e promover a estabilidade regional", indicou o comunicado.

A Casa Branca não detalhou se a reunião proposta por Trump incluiria apenas os países-membros do CCG, que está composto por Kuwait, Catar, Omã, Bahrein, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, ou seria aberto a novas nações que estão se somando ao boicote diplomático a esse emirado.

Até agora, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Egito, Mauritânia e Maldivas romperam as suas relações diplomáticas com o Catar, enquanto a Jordânia anunciou que vai reduzir a sua representação diplomática nesse país, e o Senegal chamou para consultas seu embaixador no emirado.

A ruptura se sustenta na acusação ao governo catariano de financiar organizações consideradas terroristas, como Estado Islâmico, Al Qaeda e Irmandade Muçulmana, algo que Doha tachou como "calúnias".

O Kuwait está tentando intermediar o conflito e o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, já havia oferecido na segunda-feira a ajuda de Washington para resolver o litígio, mas o próprio Trump não se tinha postulado até agora como mediador.

"O presidente (Trump) enfatizou a importância que todos os países na região trabalhem lado a lado para prevenir o financiamento de organizações terroristas e deter a promoção da ideologia extremista", ressaltou a Casa Branca em seu comunicado.

A conversa de Trump com o emir catariano aconteceu um dia depois de o governante americano falar por telefone com o rei da Arábia Saudita, Salman bin Abdulaziz Al Saud, e lhe expressar também a importância da unidade no Golfo Pérsico contra o terrorismo.

Trump se pronunciou nesta terça-feira sobre a crise no Catar em sua conta no Twitter, e defendeu que a "linha dura" de vários países com esse emirado é, em parte, fruto da sua própria pressão, uma vez que durante sua visita em maio à Arábia Saudita declarou "que já não pode haver nenhum financiamento à ideologia radical".

O Departamento de Estado americano tentou depois tirar peso do tweet de Trump, ao assegurar que a relação com o Catar é "sólida" e que Washington "segue cooperando" com esse país, no qual os Estados Unidos têm sua maior base aérea na região.

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