Diplomacia: mais de 20 países expulsaram diplomatas russos após caso Skripal (Sputnik/Mikhail Klimentyev/Kremlin/Reuters)
AFP
Publicado em 2 de abril de 2018 às 10h59.
Última atualização em 2 de abril de 2018 às 11h02.
O presidente americano Donald Trump propôs a Vladimir Putin um encontro na Casa Branca durante a conversa que tiveram por telefone em 20 de março, que foi seguida de novas tensões entre Moscou e os ocidentais, afirmou nesta segunda-feira o conselheiro do Kremlin, Yuri Uchakov.
O americano telefonou em 20 de março a Putin para felicitá-lo por sua reeleição a um quarto mandato à frente do governo russo e a ideia de um encontro foi discutida.
"Durante a conversa telefônica, Trump propôs um encontro", declarou Uchakov à imprensa. "Propôs organizar este encontro em Washington, na Casa Branca", precisou.
No entanto, "logo depois, nossas relações bilaterais se deterioraram mais uma vez" com as expulsões recíprocas de diplomatas num caso relacionado ao envenenamento do ex-espião russo Serguei Skripal na Inglaterra.
Segundo ele, desde 20 de março não houve "discussão concreta sobre detalhes do encontro".
"Gostaríamos de acreditar que as medidas tomadas pelos americanos com base nas acusações gratuitas serão levantadas e que seremos capazes de iniciar um diálogo construtivo e sério", disse Uchakov.
Desde o dia 20, Donald Trump validou a expulsão de 60 "espiões" russos, a maior expulsão de diplomatas russos credenciados nos Estados Unidos, em resposta ao envenenamento com agente neurotóxico de Sergei Skripal e de sua filha Yulia na Grã-Bretanha.
A Rússia, que nega qualquer responsabilidade pelo envenenamento e denuncia uma "provocação" e "campanha anti-russa", respondeu com uma expulsão semelhante.