Trump: candidato anunciou um plano econômico que inclui rebaixamento de impostos, cortes maciços e renegociação de acordos internacionais (Getaway)
Da Redação
Publicado em 8 de agosto de 2016 às 16h59.
Washington - O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu nesta segunda-feira "a maior revolução fiscal no país desde o ex-presidente Ronald Reagan" (1981-1989) com um grande rebaixamento de impostos, e qualificou sua rival democrata Hillary Clinton como "a candidata do passado".
Em discurso no Clube Econômico de Detroit (Michigan), Trump anunciou um plano econômico que inclui "rebaixamentos de impostos para a classe média", "cortes maciços" das regulações federais e insistiu em sua intenção de renegociar os acordos comerciais internacionais assinados pelos Estados Unidos.
O republicano criticou especialmente as políticas econômicas de Hillary como uma continuação das do presidente Barack Obama que "inclinam o campo de jogo a favor de outros países às nossas custas" e lamentou que "tenhamos começado a reconstruir outros países antes do nosso", ao citar Detroit, centro da indústria automobilística americana, como exemplo.
"Tenho um objetivo fundamental, quero que os trabalhos e a riqueza fiquem nos EUA", afirmou o magnata nova-iorquino, que se encontra atrás de Hillary nas pesquisas após uma série de polêmicas, especialmente seu enfrentamento com os pais muçulmanos de um soldado americano morto no Iraque.
Trump ressaltou que, se chegar à presidência, tirará os EUA imediatamente do Tratado Transpacífico (TPP), pactuado com outras nações da Bacia do Pacífico, e renegociará o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA), selado com o México e Canadá há duas décadas.
Em sua proposta econômica, da qual disse que dará mais detalhes nas próximas semanas, citou a eliminação do imposto sobre heranças, a redução da taxa às empresas americanas do atual 35% para 15%, o alívio das despesas pelo cuidado de filhos e o rebaixamento do imposto individual de renda.
Durante seu discurso, Trump foi interrompido por protestos em várias ocasiões, mas desta vez o candidato republicano evitou o confronto e esperou pacientemente que os manifestantes fossem retirados do local pelos agentes de segurança. EFE