Mundo

Trump promete deportar imigrantes ilegais caso seja eleito

Donald Trump disse que sua posição tem como objetivo proteger a soberania dos EUA


	Donald Trump, bilionário e candidato à presidência dos Estados Unidos
 (Brendan McDermid/Reuters)

Donald Trump, bilionário e candidato à presidência dos Estados Unidos (Brendan McDermid/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2015 às 16h38.

Nova York - O empresário Donald Trump, pré-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, disse que irá deportar milhões de imigrantes ilegais caso seja eleito.

Em entrevista ao programa Meet the Press, da rede de TV NBC, Trump disse que seu governo tentaria evitar a separação de famílias e que alguns imigrantes poderiam voltar aos EUA mais tarde.

Trump disse que sua posição tem como objetivo proteger a soberania dos EUA. "Ou você tem um país, ou não", disse, repetindo a ideia várias vezes durante o programa.

O empresário disse acreditar que alguns imigrantes que vivem ilegalmente nos EUA são indivíduos trabalhadores e deveriam ser autorizados a retornar aos EUA. "Temos algumas pessoas muito boas aqui. E vamos tentar trazê-las de volta rapidamente. Rapidamente", disse.

No ano passado, o presidente Barack Obama assinou uma série de ordens executivas para evitar temporariamente a deportação de alguns imigrantes ilegais e dar a eles a oportunidade de solicitar vistos de trabalho. Essas ordens viraram alvo de uma disputa judicial após um juiz federal do Texas tê-las bloqueado temporariamente.

Trump tem sido duramente criticado por declarações feitas no anúncio de sua candidatura, quando acusou o México de enviar "criminosos" e "estupradores" aos Estados Unidos.

Apesar das críticas, incluindo algumas de pré-candidatos republicanos, Trump não se desculpou pelos comentários. Durante o programa Meet the Press, ele disse ser um grande fã do povo mexicano, lembrando que empregou milhares deles em seus projetos imobiliários ao longo dos anos.

Quanto à política externa, Trump disse que os EUA devem reduzir significativamente seu envolvimento em conflitos internacionais.

Na questão da crise na Ucrânia, por exemplo, a Alemanha deveria assumir o papel de liderança, afirmou. "Não me importo em estar logo atrás deles", disse. "Por que sempre temos de estar à frente de tudo?"

Ele também criticou o acordo nuclear entre seis potências mundiais e o Irã, mas disse que seria difícil para o próximo presidente cancelar o acordo.

No campo doméstico, Trump disse não apoiar o aumento do salário mínimo federal, e disse que Washington deveria se concentrar em trazer de volta os empregos da indústria que foram perdidos para economias estrangeiras com mão-de-obra mais barata. 

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaAmérica LatinaBarack ObamaCelebridadesDonald TrumpEmpresáriosEstados Unidos (EUA)EuropaMéxicoPaíses ricosPersonalidadesPolíticosUcrânia

Mais de Mundo

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA

À espera de Trump, um G20 dividido busca o diálogo no Rio de Janeiro

Milei chama vitória de Trump de 'maior retorno' da história

RFK Jr promete reformular FDA e sinaliza confronto com a indústria farmacêutica