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Trump precisa aprender sobre UE e representa risco, diz Juncker

"Teremos de ensinar ao presidente eleito o que é a Europa e como ela trabalha", disse ele a um público de estudantes

Juncker: "Teremos de ensinar ao presidente eleito o que é a Europa e como ela trabalha" (Yiannis Kourtoglou/AFP)

Juncker: "Teremos de ensinar ao presidente eleito o que é a Europa e como ela trabalha" (Yiannis Kourtoglou/AFP)

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Reuters

Publicado em 11 de novembro de 2016 às 17h23.

Última atualização em 11 de novembro de 2016 às 18h45.

Bruxelas - A eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos representa riscos para a relação entre a União Europeia e os EUA, disse o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, nesta sexta-feira.

O surpreendente vencedor das eleições norte-americanas de terça-feira ignora a UE e o seu funcionamento, afirmou Juncker a estudantes em uma conferência em Luxemburgo, que pôde ser acompanhada no site da UE.

"A eleição de Trump coloca o risco de perturbar as relações intercontinentais em sua fundação e na sua estrutura", disse Juncker, que como chefe do executivo da UE é uma das figuras políticas mais poderosas da Europa.

Suas declarações contundentes refletiram o choque generalizado e a preocupação entre os europeus sobre a eleição de Trump, que entre outras declarações elogiou o presidente russo Vladimir Putin e questionou o princípio de defesa coletiva na Otan.

Seus comentários contrastaram com reações mais diplomáticas de líderes europeus que disseram esperar trabalhar com o próximo presidente republicano.

Juncker alertou contra as consequências "nocivas" das declarações de Trump sobre a política de segurança. Ele também lembrou uma declaração de Trump em que ele parecia pensar que a Bélgica, país que abriga a sede da UE e da Otan, era uma cidade.

"Teremos de ensinar ao presidente eleito o que é a Europa e como ela funciona", disse ele, acrescentando que os norte-americanos geralmente não têm interesse na Europa.

"Penso que vamos desperdiçar dois anos antes de Trump visitar o mundo que ele não conhece", disse Juncker, que na quinta-feira já havia levantado dúvidas sobre as opiniões de Trump a respeito do comércio global, política climática e segurança ocidental.

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