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Trump pede unidade entre raças, após polícia matar negros

Ele defendeu, porém, a adoção da tática de revistas nas ruas do país que líderes de minorias condenam e consideram como uma perseguição étnica


	Trump: o candidato defendeu que Chicago adote o método de revistas conhecido como "stop and frisk" (parar e revistar, em tradução literal)
 (Jonathan Ernst / Reuters)

Trump: o candidato defendeu que Chicago adote o método de revistas conhecido como "stop and frisk" (parar e revistar, em tradução literal) (Jonathan Ernst / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2016 às 12h37.

Pittsburgh - O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, lamentou nesta quinta-feira a "falta de espírito" entre brancos e negros no país, em uma fala em defesa da unidade entre as raças.

Ele defendeu, porém, a adoção da tática de revistas nas ruas do país que líderes de minorias condenam e consideram como uma perseguição étnica.

Trump rejeitou as críticas segundo as quais a campanha dele inspira o racismo e confrontou as tensões raciais após policiais matarem homens negros em Oklahoma e na Carolina do Norte.

O governador da Carolina do Norte convocou a Guarda Nacional na noite de quarta-feira, após mais uma noite de violentos protestos no país.

"Parece simplesmente que há uma falta de espírito entre os brancos e os negros", disse Trump em entrevista à rede Fox. "É uma coisa terrível que estamos testemunhando."

O empresário sugeriu que a violência em Chicago é pior que no Afeganistão, o que é incorreto. Além disso, apoiou o método policial que um juiz federal já afirmou que a cidade de Nova York usa de maneira inconstitucional, por causa de seu impacto sobretudo contra minorias.

Trump defendeu que Chicago adote o método de revistas conhecido como "stop and frisk" (parar e revistar, em tradução literal).

Trump enfrenta dificuldades na campanha em ganhar o apoio das minorias e dos brancos com mais grau de educação.

O candidato demorou em rechaçar o apoio do ex-líder racista David Duke neste ano e várias vezes promoveu na campanha mensagens no Twitter de supremacistas brancos.

Já a candidata democrata à presidência, Hillary Clinton, fez do controle da violência com armas e da brutalidade policial uma parte importante de sua agenda.

Na quarta-feira, Hillary disse a uma plateia na Flórida que os ataques em Oklahoma e na Carolina do Norte acrescentam mais dois nomes à "longa lista" de afro-americanos mortos pela polícia. Segundo ela, isso precisa ser considerado "intolerável".

Hillary não tem agenda pública nesta quinta-feira e se concentrará na preparação para um debate com Trump na próxima semana.

A campanha dela, ainda assim, divulgou planos de gastar US$ 30 milhões em publicidade digital para ganhar maior apoio entre os eleitores mais jovens, entre eles afro-americanos e latinos. Fonte: Associated Press.

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