Donald Trump. (AFP/AFP)
Reuters
Publicado em 2 de outubro de 2021 às 16h44.
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump pediu na sexta-feira, 1º de outubro, que um juiz federal da Flórida mande o Twitter restaurar sua conta, que foi removida pela empresa em janeiro, citando incitação à violência.
Trump argumentou que a empresa de rede social foi coagida por membros do Congresso dos EUA a suspender sua conta.
O Twitter e muitas outras plataformas de redes sociais baniram Trump após uma multidão de seus apoiadores atacarem o Capitólio, numa invasão que causou mortes, em 6 de janeiro.
O ataque aconteceu após um discurso de Trump no qual ele reiterou alegações falsas de que sua derrota eleitoral em novembro havia sido causada por fraude generalizada, afirmação rejeitada por tribunais e autoridades eleitorais.
O Twitter "exerce um nível de poder e controle sobre o discurso político neste país que é imensurável, sem precedentes historicamente e profundamente perigoso ao debate democrático aberto", afirmaram os advogados de Trump nos documentos enviados ao tribunal.
Em contato com a Reuters, o Twitter se recusou a comentar.
Quando a conta de Trump foi removida de maneira permanente, o Twitter afirmou que seus tuítes haviam violado a política da plataforma que proíbe a glorificação de violência. A empresa disse na época que os tuítes de Trump que levaram à remoção muito provavelmente encorajariam pessoas a replicar o que aconteceu nos ataques ao Capitólio.
Antes de ser bloqueado, Trump tinha mais de 88 milhões de seguidores no Twitter.
No pedido ao tribunal, Trump argumentou que o Twitter permitiu que o Taliban tuitasse regularmente sobre suas vitórias militares ao redor do Afeganistão, mas o censurou durante sua presidência ao rotular seus tuítes como "informações enganosas" ou indicando que eles violavam as regras da empresa contra a "glorificação de violência".
Em julho, Trump processou Twitter, Facebook e o Google, alegando que eles silenciariam ilegalmente os seus pontos de vista conservadores.