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Trump ordena que Pentágono interrompa recrutamento de transexuais

Memorando assinado hoje por Trump reverte mudanças aprovadas pelo ex-presidente Barack Obama

Donald Trump: presidente deixou nas mãos do Pentágono a decisão sobre o que fazer com o futuro trabalhista destes transexuais (Drew Angerer/Getty Images)

Donald Trump: presidente deixou nas mãos do Pentágono a decisão sobre o que fazer com o futuro trabalhista destes transexuais (Drew Angerer/Getty Images)

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EFE

Publicado em 26 de agosto de 2017 às 08h28.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou nesta sexta-feira ao Pentágono que interrompa o recrutamento de transexuais e também o pagamento do tratamento hormonal aos que já estão nas forças armadas, cujo futuro trabalhista fica agora no limbo.

O memorando assinado hoje por Trump reverte as mudanças aprovadas pelo ex-presidente Barack Obama para abrir as forças armadas aos transexuais em 2016, poucos meses antes de deixar a Casa Branca.

Na opinião de Trump, o governo de Obama tomou essa decisão sem provas suficientes de que a mudança "não entorpeceria a efetividade nem a letalidade militar, nem alteraria a coesão interna, nem afetaria os recursos militares".

A ordem assinada por Trump afirma que são necessários "mais estudos" para determinar se as mudanças não têm efeitos negativos no aparelho militar.

Por isso, Trump ordenou ao Pentágono frear o recrutamento de transexuais - uma medida que ainda não tinha entrado em vigor - e que também deixe de pagar o tratamento de mudança de sexo para os que já estão nas forças armadas.

Além disso, o presidente deixou nas mãos do Pentágono a decisão sobre o que fazer com o futuro trabalhista destes transexuais, que, segundo um estudo interno, são entre 1.300 e 6.600 dentro de um universo de 1,3 milhão de integrantes do corpo militar.

"O secretário de Defesa (...) determinará o que fazer com os transexuais que servem atualmente nas Forças Armadas. Até que o secretário não tenha tomado essa determinação, não será possível tomar qualquer ação contra estas pessoas", diz o memorando.

Trump anunciou no fim de julho sua decisão de proibir os transexuais de servir "em nenhuma capacidade" nas Forças Armadas dos Estados Unidos após ter consultado, segundo ele mesmo garantiu, seus "generais e especialistas militares".

"As nossas Forças Armadas devem se concentrar na vitória decisiva e avassaladora, e não podem ser afetadas pelos enormes custos médicos e pela perturbação que representariam os transgênero", argumentou Trump em um anúncio no Twitter.

A medida foi muito criticada pela sociedade civil e a oposição democrata, mas também por influentes líderes republicanos, como o senador John McCain.

Além disso, um grupo de militares transexuais entrou com um processo contra a decisão em um tribunal de Washington.

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