Donald Trump: presidente dos EUA diz não descartar terceiro mandato (AFP/AFP)
Redação Exame
Publicado em 31 de março de 2025 às 06h34.
Última atualização em 31 de março de 2025 às 09h05.
Durante uma ligação com a NBC News neste domingo, 30, o presidente Donald Trump declarou que "não está brincando" ao considerar um possível terceiro mandato na Casa Branca, apesar de a Constituição dos Estados Unidos proibir essa possibilidade desde 1951.
“Estou focado no presente”, afirmou Trump, ao ser questionado diretamente sobre o interesse em um novo mandato além do permitido. Ele destacou que “muitas pessoas” pedem por sua permanência no poder. “Gosto de trabalhar”, completou.
Trump mencionou que “existem métodos” que poderiam permitir sua permanência além do segundo mandato, embora tenha se recusado a detalhar quais seriam esses caminhos. Quando a NBC mencionou a possibilidade de uma candidatura de seu vice, JD Vance, com eventual transferência do cargo, o presidente respondeu: “Essa é uma [das formas]. Mas há outras também.”
Modificar a Constituição exigiria o apoio de dois terços do Congresso ou de dois terços dos estados, além da ratificação por três quartos das assembleias estaduais, tornando o processo altamente improvável. Ainda assim, aliados do presidente têm cogitado cenários alternativos.
O deputado Andy Ogles, republicano do Tennessee, apresentou uma resolução propondo a extensão dos limites de mandato presidencial. Já Steve Bannon, ex-estrategista da Casa Branca, declarou em entrevista à News Nation que acredita na candidatura e vitória de Trump também em 2028. “Teremos algumas alternativas”, disse Bannon.
A Casa Branca, por sua vez, tem dado sinais ambíguos. Em uma publicação recente na rede X (antigo Twitter), compartilhou a imagem de uma capa fictícia de revista com Trump usando uma coroa. O post fazia alusão a uma mensagem do presidente em sua rede, Truth Social: “LONG LIVE THE KING!” ("vida longa ao rei", na tradução literal).
A Constituição dos EUA limita a presidência a dois mandatos desde a aprovação da 22ª Emenda, em 1951, após a eleição de Franklin D. Roosevelt para quatro mandatos consecutivos. Desde então, nenhuma tentativa de modificação foi bem-sucedida.