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Trump não descarta prorrogar suspensão de tarifas recíprocas

Em reunião de gabinete, o presidente dos EUA disse que "adoraria" fechar um acordo com a China

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter

Publicado em 10 de abril de 2025 às 16h29.

Durante reunião de gabinete nesta quinta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, não descartou prorrogar o prazo de 90 dias em que as tarifas estão suspensas, caso acordos com países não sejam fechados.

O republicano falou "vamos ter que ver o que acontece", quando perguntado se poderia prolongar o tempo de suspensão das tarifas recíprocas.

Na mesma coletiva de imprensa, porém, também falou que as tarifas voltarão no caso de não fechar os acordos que ele julga necessários.

Disputa com a China

O republicano também comentou a disputa tarifária que vem tendo com a China. "Tenho grande respeito pelo presidente Xi... ele é meu amigo de longa data. Acho que vamos acabar trabalhando em algo muito bom para ambos os países. Estou ansioso por isso."

"Vamos ver o que acontece com a China. Adoraríamos conseguir fechar um acordo. Eles realmente se aproveitaram do nosso país por um longo período", disse. Ele minimizou a decisão da China de reduzir a exibição de filmes americanos no país. "Acho que já ouvi falar de coisas piores", disse ele, provocando risos em seu gabinete presente na sala.

As tarifas aplicadas pelo governo dos EUA sobre os produtos importados da China agora somam 145%, o maior valor registrado desde o início do conflito econômico.

O aumento é parte de uma nova ordem executiva assinada pelo presidente Donald Trump, que elevou as tarifas sobre as importações da China de 84% para 125% na quarta-feira, 9.

Esse ajuste, no entanto, não é isolado: ele se soma a uma tarifa adicional de 20% que havia sido imposta anteriormente sobre produtos chineses relacionados ao fentanil, um opioide altamente letal.

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