Donald Trump: em 2011, Trump deflagrou uma polêmica ao exigir que Obama mostrasse provas de que nasceu nos EUA (GettyImages)
Da Redação
Publicado em 18 de setembro de 2015 às 18h08.
Washington - O pré-candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos Donald Trump sofreu críticas de rivais republicanos e democratas e da Casa Branca nesta sexta-feira por não corrigir um homem que disse que o presidente dos EUA, Barack Obama, é muçulmano durante um evento de campanha.
Trump, que no passado expressou dúvidas sobre se Obama nasceu nos Estados Unidos, ouviu de um homem durante um evento de campanha em Rochester, New Hampshire: "Temos um problema neste país. Ele se chama muçulmanos."
"Sabemos que nosso atual presidente é um deles. Sabemos que ele sequer é americano", acrescentou.
Trump, favorito nas pesquisas para ser o candidato republicano à Casa Branca e que tem se envolvido em polêmicas diariamente, não interrompeu o homem ou contestou suas afirmações de qualquer forma.
Ainda não se sabe se a controvérsia mais recente envolvendo o bilionário pré-candidato republicano terá efeitos importantes, mas pelo menos uma rival republicana, a senadora Lindsey Graham, da Carolina do Sul, disse que Trump passou dos limites e criticou um "momento de definição" para sua candidatura.
"Se eu fosse Donald Trump, iria à televisão nacional e diria 'lidei mal com a situação e, se pudesse voltar atrás, contestaria a afirmação", disse ela à MSNBC. "Não há problemas em pedir desculpas", acrescentou.
Em 2011, Trump deflagrou uma polêmica ao exigir que Obama mostrasse provas de que nasceu nos EUA.
O presidente então mostrou sua certidão de nascimento provando que ele nasceu no Havaí, não no Quênia, como diziam alguns críticos. Obama também é cristão e compareceu a alguns cultos na igreja durante seu mandato.
"Alguém está realmente surpreso que isso tenha acontecido em um evento de campanha de Trump?", disse o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, a jornalistas. "As pessoas que têm essas visões ofensivas fazem parte da base do senhor Trump", acrescentou ele sobre o episódio, que também gerou críticas a Trump dos pré-candidatos democratas Hillary Clinton e Bernie Sanders.