Trump: segundo a chefe de campanha, o magnata "respeita os princípios da democracia" (Lucas Jackson/Reuters)
EFE
Publicado em 20 de outubro de 2016 às 12h58.
Washington - O candidato republicano à presidência dos EUA, Donald Trump, não admitirá a derrota caso perca as eleições de 8 de novembro até que os resultados da votação estejam "certificados e confirmados", afirmou nesta quinta-feira sua chefe de campanha, Kellyanne Conway.
Conway tratou de dizer e explicar o ocorrido ontem no último debate televisionado entre Trump e sua rival democrata, Hillary Clinton, no qual o magnata recusou a se comprometer a acatar os resultados das eleições presidenciais de novembro caso a ex-secretária de Estado ganhe.
"Vou manter o suspense", respondeu Trump a uma pergunta direta do moderador do debate, Chris Wallace, sobre se acatará os resultados após ter lançado acusações sem provas sobre as eleições estarem manipuladas a favor de Hillary.
Trump "está dizendo que até que os resultados estejam realmente reconhecidos, certificados e confirmados, ele não vai admitir a derrota", argumentou hoje Conway em entrevista à rede "ABC".
Segundo a chefe de campanha, o magnata "respeita os princípios da democracia".
Além disso, Conway comentou que Trump está pondo os cidadãos sobre aviso para o caso de "haver irregularidades, fraude eleitoral", porque o magnata "vai querer investigar isso".
Sua recusa de ontem à noite a confirmar se aceitará o resultado das eleições vai de encontro com o que Trump disse em seu primeiro debate com Hillary no final de setembro, quando se comprometeu "absolutamente" a apoiar a ex-secretária de Estado caso ela vença as eleições em novembro.
Após o debate, realizado em Las Vegas, Conway afirmou à emissora "CNN" que o candidato republicano "aceitará" os resultados das eleições "porque as ganhará".
Poucas horas antes, sua filha Ivanka também declarou que seu pai "fará o correto" e, ganhando ou perdendo, aceitará os resultados.
O magnata centrou seus comícios dos últimos dias em denunciar uma suposta manipulação eleitoral contra si, em coincidência com sua queda nas pesquisas de intenções de voto e com a revelação de acusações de abusos sexuais por parte de várias mulheres.