Donald Trump: segundo o presidente, Obama teria ordenado uma espionagem contra ele (Mario Tama/Getty Images)
EFE
Publicado em 6 de março de 2017 às 14h35.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não acredita na afirmação do diretor do FBI, James Comey, sobre a falsidade das escutas das quais o líder acusa seu antecessor no cargo, Barack Obama, informou nesta segunda-feira uma porta-voz da Casa Branca.
No fim de semana, ele solicitou sem sucesso ao Departamento de Justiça que desmentisse publicamente as acusações de Trump sobre Obama sobre ter ordenado gravar suas conversas durante a campanha eleitoral em 2016, de acordo com vários jornais americanos.
O diretor do FBI argumentou que a gravidade das acusações exigia um comunicado público por parte do Departamento de Justiça para assinalar que são incorretas, mas a agência não emitiu qualquer pronunciamento a respeito.
Sarah Huckabee Sanders, uma das porta-vozes da Casa Branca, foi perguntada hoje em entrevista à rede "ABC" se Trump aceita a opinião e o pedido de Comey.
"Não acredito nisso", respondeu a porta-voz, ao enfatizar que o governo do ex-presidente Obama "realizou escutas telefônicas a cidadãos americanos", em referência aos programas de espionagem em massa da Agência de Segurança Nacional (NSA) revelados por Edward Snowden, e "pôde ter feito" o mesmo com Trump.
O presidente "quer que o povo americano saiba a verdade", acrescentou a porta-voz ao destacar que é necessário deixar que o Comitê de Inteligência da Câmera baixa do Congresso "faça seu trabalho" e analise o que aconteceu.
A denúncia sem provas de Trump sobre Obama ordenar espionar suas comunicações foi feita sábado no Twitter do líder e qualificada como "simplesmente falsa" pelo ex-presidente horas depois, mediante um comunicado de seu porta-voz, Kevin Lewis.
O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, pediu depois que seja o Congresso que investigue estas supostas escutas e determine se houve um potencial abuso de poder por parte do governo de Obama.
Spicer ressaltou que nem a Casa Branca nem o presidente Trump voltariam a dar declarações sobre estas polêmicas revelações.