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Trump isenta celulares, computadores e chips de tarifas recíprocas

Medida beneficia empresas como Apple e evita aumento de preços aos consumidores

Medida beneficia empresas como a Apple (	Cheng Xin/Getty Images)

Medida beneficia empresas como a Apple ( Cheng Xin/Getty Images)

Publicado em 12 de abril de 2025 às 10h48.

Última atualização em 12 de abril de 2025 às 12h24.

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O governo do presidente americano Donald Trump isentou smartphones, laptops e outros eletrônicos das tarifas recíprocas que incidem sobre a China e da tarifa global de 10%. A decisão foi anunciada pela Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA na noite da sexta-feira, 11.

A medida protege os consumidores de aumentos de preços e oferece vantagem a empresas de tecnologia, como Apple e Samsung, cujos produtos são amplamente importados. Atualmente, a Apple fabrica mais de 80% de seus produtos na China.

A suspensão tarifária pode ser temporária e decorre de uma ordem que impede que tarifas extras sobre determinados setores se acumulem sobre tarifas nacionais.

A isenção afeta também produtos como discos rígidos, processadores de computador e chips de memória, que não são fabricados em larga escala nos Estados Unidos. Além disso, máquinas para produção de semicondutores também foram isentas.

Fabricação da Apple nos EUA seria má ideia

Com o plano de fortalecer a indústria doméstica, na quinta-feira, 10, Trump havia anunciado uma tarifa de 145% a China, principal polo de fabricação dos iPhones.

Na mesma semana, a Casa Branca havia afirmado que Trump acreditava que os EUA têm a força de trabalho e os recursos para fabricar iPhones no país. Ninguém na Apple se manifestou para apoiar a afirmação.

Analistas que acompanham a Apple dizem que a ideia de um iPhone fabricado nos EUA é, na pior das hipóteses, impossível e, na melhor das hipóteses, muito cara.

O analista do Bank of America, Wamsi Mohan, disse que o iPhone 16 Pro, que atualmente custa US$ 1.199 no país, poderia aumentar 25% apenas com base nos custos de mão de obra. Isso o tornaria um dispositivo de aproximadamente US$ 1.500.

Dan Ives, analista da empresa de investimentos Wedbush Securities, estimou que a Apple precisaria gastar US$ 30 bilhões em três anos para transferir 10% de sua cadeia de suprimentos para os EUA.

Outra limitação para iPhones 'made in USA' seria a mão de obra, visto que os EUA não têm a mesma força de trabalho que a China.

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