Desfile militar em razão dos 105 anos do fundador da Coreia do Norte (Damir Sagolj/Reuters)
Gabriela Ruic
Publicado em 28 de abril de 2017 às 15h09.
Última atualização em 28 de abril de 2017 às 15h09.
São Paulo – O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, avaliou no final desta semana de que há chances de um grande conflito com a Coreia do Norte. A declaração do líder republicano foi dada à Reuters.
“Adoraríamos resolver as coisas diplomaticamente, mas é muito difícil”, prosseguiu Trump, que disse ainda que o governo chinês, aliado histórico do regime norte-coreano, está comprometido nos esforços de aliviar a tensão. “Sei que ele (o presidente chinês, Xi Jinping) deseja fazer algo, mas é possível que ele não possa”, avaliou o presidente dos EUA.
Em uma tentativa de aliviar a tensão na região, o governo americano, por meio do secretário de Estado Rex Tillerson, lembrou que a Coreia do Norte enxerga os seus testes nucleares como uma estratégia de sobrevivência, mas que os EUA iriam trabalhar para ajuda-los a mudar essa estratégia.
“Queremos dizer a eles: seu caminho para a sobrevivência e para a segurança é eliminando armas nucleares e nós, junto com outros países vamos ajuda-los com o desenvolvimento econômico”, explicou em entrevista à rede Fox News e que esperaria “o quanto fosse necessário” para que negociações começassem.
Do lado da China, Tillerson afirma que o país vem fazendo pressão para que o regime de Kim Jong-un cesse os testes nucleares por meio da ameaça de novas sanções. Japão e Rússia anunciaram estar prontos para iniciar o processo de “desnuclearização” do país e que todos os envolvidos na crise se abstivessem da “retórica belicista”.
A crise na península da Coreia vem se fortalecendo a cada dia. Ontem (27), um oficial da norte-coreano disse em entrevista à CNN que os testes nucleares não vão parar enquanto os EUA “continuarem com seus atos hostis”.
No início da semana, EUA e Coreia do Sul realizaram manobras militares com armas reais simulando a reação a um ataque do Norte. Os exercícios acontecem todos os anos, mas são sempre criticados pelo regime norte-coreano, que os vê como “atos de agressão”. A China se manifestou contra a decisão dos países de seguirem em frente com a estratégia neste ano em razão do clima de nervosismo que paira na região.