Haider al-Abadi sobre os EUA: "acho que eles estão preparados para fazer mais para combater o terrorismo e ser mais engajados" (Hadi Mizban/Pool/Reuters)
Reuters
Publicado em 21 de março de 2017 às 11h39.
Washington - O primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, disse ter obtido garantias de mais apoio dos Estados Unidos na luta contra os militantes do Estado Islâmico durante uma conversa com o presidente norte-americano, Donald Trump, e assessores de primeiro escalão na segunda-feira, mas alertou que só o poderio militar não será suficiente.
Os comentários de Abadi vieram na esteira de seu primeiro encontro pessoal, ocorrido na Casa Branca, com Trump, que tomou posse em 20 de janeiro prometendo uma nova estratégia para derrotar o grupo radical que ocupou grandes porções do Iraque e da Síria em 2014.
Mesmo antes de Trump assumir, forças iraquianas reconquistaram uma série de grandes cidades do Estado Islâmico, reduziram as fontes de financiamento da facção e contiveram significativamente o fluxo de combatentes estrangeiros, tudo com o apoio dos ataques aéreos e dos conselheiros militares da coalizão liderada pelos EUA.
Abadi disse que Trump pareceu mais entusiasmado com o combate aos extremistas do que o governo do ex-presidente Barack Obama.
"Acho que eles estão preparados para fazer mais para combater o terrorismo e ser mais engajados", disse Abadi em um fórum em Washington horas depois de se encontrar com Trump, acrescentando que ouviu que o "apoio (dos EUA) não somente irá continuar, mas acelerar".
"Mas é claro que temos que ser cuidadosos aqui. Não estamos falando da confrontação militar como tal. Prometer tropas é uma coisa, combater o terrorismo é outra."
Abadi, que comanda um governo de maioria xiita em Bagdá, disse ser crucial conquistar a população local de Mosul, dominada por sunitas, para se obter uma paz duradoura.